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Agentes IBAMA combatem crimes na amazônia
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Edição do dia 22/08/2011
22/08/2011 21h07 - Atualizado em 22/08/2011 21h07
Garimpo ilegal que devastou floresta em Mato Grosso é fechado
A fiscalização encontrou 150 homens trabalhando no chamado garimpo do Astro. A atividade ilegal devastou uma área grande, na Floresta Amazônica.
A Polícia Federal, Exercito, ICMBio e o IBAMA fecharam um garimpo clandestino de ouro na região do município de Nova Bandeirantes, noroeste de Mato Grosso. A atividade ilegal devastou uma área grande, na Floresta Amazônica.
Do alto, as imagens impressionam: são enormes crateras abertas pelos garimpeiros. Uma faixa da floresta, que de uma ponta a outra tem dez quilômetros, foi cortada por máquinas e picaretas. Segundo o Instituto Chico Mendes, dois córregos que existiam no local desapareceram por causa da exploração descontrolada de ouro.
Na região, a fiscalização encontrou 150 homens trabalhando no chamado garimpo do Astro. Com a valorização do ouro por causa da crise financeira internacional, o grama, vendido normalmente por R$ 64, chegou a R$ 86.
"Eu passei dois meses aqui e consegui 32 gramas de ouro. Passei mais 40 dias e peguei 44 gramas", conta o garimpeiro Sebastião Amorim.
De acordo com a fiscalização, os garimpeiros procuravam ouro em uma determinada área e, quando não encontravam mais nada, se mudavam para outro local. Assim, a devastação aumentava a cada dia. Só uma das áreas, por exemplo, tem o tamanho de 15 campos de futebol.
Soldados do Exército, Força Nacional, fiscais do Ibama e agentes federais fecharam o garimpo.
"Não tem absolutamente nenhuma legalidade no garimpo executado aqui, o que configura crime ambiental", explica Luciano Guerra Cota, da fiscalização do Ibama-MT.
Os fiscais continuam na área para tentar encontrar as máquinas que teriam sido escondidas pelos garimpeiros. Já foram apreendidos quatro tratores 26 bombas de sucção.
Agora a contaminação desta área da Floresta Amazônica ameaça o Parque do Juruena, o quarto maior do país.
"É preocupante uma atividade regular, que usa metal pesado, que está localizada nas cabeceiras de rios, que drenam para a região do Rio Juruena", alerta a chefe do Parque Nacional do Juruena, Cristiane de Figueiredo.
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