Neste vídeo eu falo sobre a síndrome da bexiga dolorosa, ou dor pélvica crônica ou cistite intersticial, que é definida pelo quadro de dor ou desconforto pélvico, associado a sintomas miccionais, com duração acima de seis meses e na ausência de infecção
É mais comum em mulheres brancas por volta dos 40 anos e a causa é multifatorial, com diversas explicações, mas acredita-se que ocorra uma lesão do epitélio da bexiga, com perda da camada protetora, ativando células de defesa chamadas mastócitos e desencadeando uma reação inflamatória.
O diagnóstico é de exclusão e não existe nenhum exame específico que confirme a doença com total certeza, sendo necessário descartar outras causas de dor como causas ginecológicas.
A dor é o principal sintoma, geralmente piora quando a bexiga está cheia e melhora com o esvaziamento dela, outro fator que pode piorar o quadro são situações de estresse, aflição e ansiedade.
Pode-se solicitar exames de urina para pesquisar infecção e células cancerígenas em pacientes tabagistas e também exames de imagem para excluir eventuais tumores. Em casos onde a paciente também apresenta disfunções miccionais, como dificuldade para urinar, pode-se realizar um estudo urodinâmico. A cistoscopia é um exame que pode ser utilizado, porém na prática é difícil se encontrar um achado específico da cistite intersticial nesse exame.
Quanto ao tratamento o que se sabe é que não existe cura, o que nos temos são períodos de melhora ou piora do quadro, é importante orientar a paciente a diminuir situações de estresse, cessar o tabagismo, praticar atividade física e evitar alimentos com cafeína, adoçantes, corantes, bebidas alcoólicas, gaseificadas, ácidas, cítricas.
Em um próximo vídeo falarei sobre a terapia medicamentosa para a síndrome da dor pélvica crônica.
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Cláudio Amorim.
Urologista titular pela Sociedade Brasileira de urologia.
Atuante em Belém do Pará.
CRM - PA 9343
