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Prestes a ser formalmente indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma vaga em aberto com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski no Supremo Tribunal Federal , o advogado Cristiano Zanin Martins, de 47 anos, ganhou destaque nacional pelo empenho na defesa do PT nas ações judiciais da polêmica Operação Lava Jato. Como advogado, ele tinha acesso direto ao PT sob custódia da PF. O então ex-presidente passou 580 dias detido em uma sala especial da superintendência da corporação no Paraná. Foi sua autoria do recurso ao STF que deu volta por cima na Lava Jato, com a declaração de parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro e reabilitação política de Lula. Zanin também foi coordenador jurídico da campanha presidencial em 2022 e, no governo de transição, assumiu a área de cooperação jurídica internacional. Durante as audiências de instrução da Lava Jato, Moro e Zanin protagonizaram diversos confrontos. Sylvio SirangeloTRF-4 Zanin entrou na vida do petista por meio do sogro, Roberto Teixeira, também advogado, com quem o presidente mantém uma amizade de longa data, que remonta ao período das greves metalúrgicos no ABC paulista , no final dos anos 1970 e início anos 1980. O provável futuro ministro e seu sogro romperam um escritório de advocacia e romperam relações no ano passado. Quando começou a advogar para o presidente, Cristiano Zanin Martins não tinha uma sólida experiência na área criminal. Sua especialidade era contencioso societário e recuperações judiciais. Atuou em casos de grande repercussão, como recuperação judicial Varig, a falência da Transbrasil e revisão do acordo de leniência J&F. Os aliados do presidente não esconderam a desconfiança assim que o advogado entrou para a equipe. Parte do PT também fez questão de deixar clara sua insatisfação com a estratégia de que Lula só deveria sair da prisão como 'homem livre' - o que implicava em não tentar a prisão domiciliar. As vitórias conquistadas no STF, onde agora ocupará uma cadeira, mudaram a balança a favor do advogado. Uma significativa reprovação a Zanin veio ministro Gilmar Mendes, decano do STF, no julgamento que declarou Moro parcial “Acho que falo em nome tribunal ao reconhecer o brilhante trabalho da defesa. Sem dúvida, vimos um advogado que não cansava de questionar o tribunal, muitas vezes até sendo censurado, incompreendido. Mas ele tinha, convenhamos, uma causa muito difícil e muito personalizada”, afirmou Gilmar, visivelmente emocionado. Indicado ao STF, Cristiano Zanin passou a infância e a adolescência em Piracicaba, onde nasceu. Acervo pessoal Zanin é natural Piracicaba, cidade de 400 mil habitantes no interior São Paulo, localizada a 370 quilômetros da capital paulista. De família de classe média, ele tem 47 anos – o que lhe garante quase três décadas de vantagem no STF, já que a aposentadoria compulsória ocorre aos 75. Filho de Nelson Martins, também advogado, estudou em colégios tradicionais. Gostava de jogar futebol, hábito que abandonou em meio a uma pesada

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