Senadores entraram com pedido de abertura da CPI da Espionagem para investigar o monitoramento feito no Brasil pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos.
O pedido de criação de uma CPI no Senado para investigar as denúncias de espionagem no Brasil, reveladas pelo jornal O Globo, foi assinado por mais de 40 senadores, número que permite com folga o começo da investigação.
"Esse caso eu vejo como um dos mais graves com os quais nós já nos deparamos. Então acho que, inclusive, uma CPI no parlamento brasileiro dá muita força às investigações levadas a cabo pelo Poder Executivo", diz a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B/AM).
Outra comissão, porém, a de Relações Exteriores e Defesa Nacional, saiu na frente, e já ouviu três ministros que participam do grupo de trabalho criado pelo governo para tentar esclarecer o caso.
Na audiência, o ministro da Defesa, Celso Amorim, reconheceu a fragilidade do sistema de proteção às informações no Brasil, e defendeu o desenvolvimento de novas tecnologias no país, como um satélite brasileiro. Celso Amorim ainda revelou que ele mesmo tem receio de ser espionado.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que os países da América Latina podem adotar uma posição conjunta de repúdio à suposta espionagem americana, na cúpula do Mercosul, que começa na quinta-feira (11) no Uruguai. Disse também que não descarta a possibilidade de ouvir o autor das denúncias, Edward Snowden.
"Não excluo a hipótese de que se busque um contato com o senhor Snowden, o que não precisa ser feito com ele em território brasileiro, pode ser feito também de outra forma", afirma Patriota. O presidente da Comissão do Senado disse que quer convocar empresas estrangeiras que atuam no Brasil e que podem ter ajudado os Estados Unidos a obter dados de brasileiros.
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