Em 1976, o fusca estava presente no Brasil há mais de 20 anos, já estava bastante obsoleto, surgindo assim a necessidade de se criar um sucessor para enfrentar outros veículos com projetos modernos como Fiat 147 e Chevette, surgindo assim o Gol de primeira geração, o Gol Quadrado.
A substituição do Fusca já tinha ocorrido na Europa, começando pelo protótipo EA276, e depois com o lançamento do Golf em 1974, Scirocco e Polo logo em seguida, modelos que serviriam de inspiração para o projeto BX iniciado em 1975 no Brasil.
O nome Gol veio da convenção da Volkswagen dar nomes aos veículos associados a esportes, como Polo, Golf, Derby, aparentemente o nome mais acertado para um carro já utilizado na indústria brasileira, e começou a ser produzido em Taubaté em maio de 1980.
Oferecido em duas versões, Básica, e L, ambas duas portas, ele tinha somente um conjunto mecânico, o motor Boxer 1.3 a gasolina arrefecido a ar, aproveitado do Fusca, porém com algumas otimizações, associado ao resistente cambio de 4 marchas também oriundo do fusca.
O motor 1300 mostrou-se um erro estratégico, com apenas 47 cv demorava mais de 30 segundos para fazer de 0 a 100km/h, esse péssimo desempenho lhe rendeu poucas vendas no primeiro ano, no ano seguinte ao lançamento, 1981, o Gol receberia a opção a álcool, 1300 e 1600 com carburação dupla.
Ainda em 1981, a família começava a crescer, vinha então a versão Sedan, o Voyage, e Station Wagon, Parati em 82, não herdavam o motor boxer, ambos receberam inicialmente o motor refrigerado a água, de 1.5 litros do Passat, de 65cv e associado ainda ao cambio de 4 marchas, más em 1983 receberiam o motor MD 270 1.6 litro, também do Passat, com 81 cv na versão a álcool e 73 a gasolina.
Também em 82 foi lançada a Saveiro, esta, porém continuou herdando o motor Boxer refrigerado a Ar juntamente com o Gol. Também em 1982 o Gol recebeu pela primeira vez a série especial chamada Gol Copa.
Em 1984, finalmente o GOL e Saveiro começavam a abandonar de vez o motor de fusca, primeiramente foi lançado o Gol GT, utilizando o motor 1.8 com carburador de corpo duplo, com 87 cv (a gasolina) ou 99 cv (a álcool), com ele, o 0 a 100 km/h passou a ocorrer em pouco mais de 10s. Logo em seguida, em 1985 as versões básica e L ganhavam também motor com refrigeração a água, o MD 270 de 1.6L que já era utilizado no Passat, na Parati e no Voyage, e caixa de 4 ou 5 marchas, a versão básica passava a se chamar S, e a versão L, LS.
Mesmo com os novos lançamentos a versão com motor 1600 refrigerado a ar ficou como um modelo de entrada, ainda denominado Gol BX, com apelidos de chaleira, batedeira e bufador, uma outra curiosidade deste modelo foi que em 1986, a Philips fez uma promoção chamada “Se liga, Brasil” sorteou modelos GOL BX customizados pela Souza Ramos.
Em 1986 começava a chegar nos carros VW do Brasil a consagrada família de motores AP, 600 (1.6l) e 800 (1.8l),
A primeira reestilização da primeira geração do GOL ocorreu em 1987, com novo capô, faróis, grade e parachoques redesenhados, sua frente ficou um pouco mais baixa, também eram novas as lanternas traseiras, o Gol GT passou a se chamar GTS, somente a opção a álcool com 99cv.
As demais versões também mudavam o nome de S para CL, e a LS muda para GL, com a crise do plano cruzado, ressurgia uma versão mais básica, agora chamada de "C".
Para a linha de 89, foi lançada a aclamada versão esportiva GTi, primeiro carro produzido nacionalmente a contar com injeção eletrônica, trazia sob a capô o motor AP 2.0 a gasolina de 120 cv que vinha do Santana.
Em 89, na a Autolatina, o GOL CL tinha o motor AP1600 substituído pelo 1.6 CHT de origem Ford, que passou a se chamar AE1600, também em 89, teve uma outra rara série especial, o GOL Star, lançada com motor AP 1.8 (96 cv) e itens visuais exclusivos.
Em 1991, ocorreu a segunda reestilização da primeira geração. A grade dianteira e os faróis ficaram mais estreitos.
Em 1992, todas as versões do Gol quadrado, ganharam catalisador no escapamento, item para reduzir a emissão de poluentes, e que só seria obrigatório no Brasil em 1997, um novo emblema com o nome catalisador foi estampado na traseira do veículo.
Em 1993, com a nova tendência de motores 1.0, o Gol recebia a versão 1000, com motor AE1000 de 54cv, limitado em conforto e desempenho, más devido ao incentivo fiscal, o Gol 1000 passou a ser o mais vendido por ter um custo inferior aos demais.
Em 1994 foi lançada a última série especial da primeira geração, o Gol Copa, em alusão à Copa daquele ano dos EUA, e comercializado apenas na cor azul claro metálico.
Ainda em 94 seria lançada a 2º geração do GOL, com nova carroceria, que ficaria conhecido como GOL bola, uma grande curiosidade dessa época, é que entre 1993 e 1996, o Fusca voltou a ser fabricado no Brasil, assim, entre 94 e 96 convivia o Gol quadrado, o fusca que ele havia substituído há vários anos, e o substituto do Gol quadrado, o Gol Bolinha.
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