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Como Funciona o Padrão Ouro?

Há cerca de 2600 anos, cidadãos da Grécia Antiga, percebendo as características particulares que tornava o ouro um excelente meio de troca, começaram a cunhar as primeiras moedas de ouro da história. Processo esse que foi repetido por diversos povos e civilizações ao longo da história humana.

Tempos depois, como forma de facilitar ainda mais as transações comerciais, as pessoas começaram a depositar seu ouro em cofres ou depósitos em troca de recibos que eram utilizados como meios de troca no lugar do ouro. E assim surgiu o dinheiro de papel.

Esses recibos poderiam ser trocados a qualquer momento por ouro nesses depósitos, que mais tarde ficariam conhecidos como bancos.

E dessa forma voluntária, então nasceu o único sistema monetário da história capaz de gerar estabilidade de preços e de manter o poder compra da moeda utilizada pela população ao longo do tempo: O Padrão-Ouro.

Um padrão-ouro não precisa de um governo para ser viável. historicamente, era o setor bancário o responsável por fornecer moedas de ouro confiáveis a população.

Sob o padrão ouro, uma unidade monetária nada mais era do que o peso correspondente a uma quantidade específica de ouro: Por exemplo: Inicialmente, 1 Dólar era o equivalente a 1/20 de uma onça em 1815. Isso na prática significava que o padrão-ouro era um regime cambial fixo.

Desse modo, o padrão-ouro propiciava o equilíbrio na economia internacional.

O Padrão Ouro foi amplamente adotado durante o século XIX e início do século XX pelas maiores economias do mundo. Mais especificamente de 1815 a 1914.

O fato é que o Padrão Ouro foi encerrado simplesmente porque um sistema monetário lastreado em ouro ou qualquer outro material escasso limita o poder do estado e de grupos de interesse ligados ao estado, mais especificamente os banqueiros.

A obrigação de resgatar as notas emitidas pelo governo em ouro limita a impressão de moeda feita pelo Banco Central em momentos em que o governo pretende aumentar seus gastos como em períodos de guerra, por exemplo.

Vários arranjos monetários diferentes foram tentados sem sucesso, sendo o último deles o resultado do acordo de Bretton Woods, que ficou conhecido como o Padrão-Ouro-Dólar.


Desde então, o sistema monetário mundial não é lastreado por absolutamente nada.

No nosso atual sistema monetário, a quantidade de moeda ofertada é determinada por políticos e burocratas sem a existência de qualquer mecanismo que possa impedi-los de criar dinheiro em excesso, através de um orgão conhecido como Banco Central:

O arranjo monetário sob o qual vivemos hoje existe apenas e tão somente desde 1971. O que eu percebo é que muita gente acredita que os Bancos Centrais e suas moedas sem lastro são entidades divinas criadas por Deus no 7º dia. Mas a verdade é que o nosso atual sistema monetário tem menos de 50 anos de idade e cada vez mais dá sinais de que seus dias estão contados.

Ao contrário do que gostam de fazer parecer os economistas mainstream, padrões monetários semelhantes ao que temos hoje já foram testados inúmeras vezes ao longo da história humana e nunca, em lugar algum, ele foi bem sucedido.

Em todas as tentativas o final é sempre o mesmo: Inflação de preços fora de controle e colapso político, econômico e social.

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