Neste vídeo, o Dr. Paulo fala sobre o processo de calvície e como a carga genética e o histórico familiar determinam sua evolução. Afinal, a calvície vem do pai ou da mãe? Ter calvos na família determina se você irá desenvolver um quadro de calvície também?
Sabemos que o principal elemento para o desenvolvimento do processo de calvície, tanto no homem quanto na mulher, é realmente genético. Portanto, fatores externos e hábitos de vida podem ter algum impacto, porém não serão determinantes.
Quanto a essa predisposição genética, como ela funciona?
Não é tão simples como a maioria das pessoas pensa. Não basta olhar para o cabelo do pai, do avô ou mesmo para o volume capilar da mãe e determinar se você desenvolverá um quadro de calvície ou não. A relação entre os genes é muito mais complexa do que isso.
É claro que o histórico familiar importa, pois quanto mais parentes calvos e quanto maior o grau de parentesco, maiores as chances de você ter herdado os genes da calvície.
No entanto, é importante dizer que não existe um único gene responsável pela calvície, mas sim uma combinação de diferentes genes que levam a diferentes graus de calvície. A calvície não é um problema binário, em que o sujeito é totalmente cabeludo ou totalmente calvo; existem graduações entre esses extremos.
A maioria dos homens, por exemplo, desenvolverá algum grau de calvície ao longo da vida, começando com o aumento das entradas, apresentando alguma rarefação na região superior do couro cabeludo, e geralmente só após os 50 ou 60 anos uma calvície mais avançada.
Observem que é infrequente encontrarmos um senhor de 70 ou 80 anos com um cabelo cheio, denso, sem nenhuma entrada. Claro que existem esses sortudos, mas trata-se de uma minoria.
Por outro lado, também existem rapazes que, ainda muito jovens, aos 16 ou 17 anos, já começaram a perder cabelo e, aos 20 anos, têm uma calvície totalmente instalada, devido a uma forte tendência genética.
E sobre essa combinação de genes, é importante lembrar que recebemos metade dos genes do pai e metade dos genes da mãe, de forma "sortida". Portanto, exatamente quais genes vamos herdar de cada lado são bastante variáveis.
Por isso, a combinação de genes que causou um quadro de calvície no pai pode não estar presente na carga genética transferida ao filho. Ou mesmo pode manifestar-se em intensidade diferente, dependendo da carga genética herdada da mãe, por exemplo.
Até por isso, é frequente observarmos irmãos que têm o mesmo pai e mãe com uma grande diferença de volume capilar. Um pode ter uma perda capilar mais leve, enquanto o outro apresenta uma calvície mais extensa.
Claro que é mais difícil encontrarmos entre irmãos opostos extremos, onde um é totalmente cabeludo e o outro totalmente calvo. Mas dentro desse espectro, é bem comum observarmos um irmão com mais cabelos que o outro.
Por isso, o histórico familiar importa, pois ter calvos na família é uma pista da possível herança genética. Mas não é determinante, pois tudo depende de quais genes você herdou e de como eles se combinam entre si.
Na verdade, temos que avaliar isso dentro de um contexto, olhar para o paciente e observar se ele já apresenta sinais de calvície, com que idade isso está se manifestando e com qual velocidade esse quadro está evoluindo. Com esses dados em mãos, avaliar o histórico familiar nos dá uma ideia do risco que aquele paciente tem em desenvolver a calvície.
E quando falamos de histórico familiar, precisamos olhar tanto para o lado do pai quanto para o lado da mãe. Existe uma falsa ideia, um mito, de que o lado da mãe seja mais importante.
Isso se deve ao fato de herdarmos o gene responsável pela produção do receptor de andrógeno da mãe. E sim, esse gene é fundamental para o processo de calvície, principalmente porque o DHT, que é o principal hormônio relacionado ao desenvolvimento da calvície, depende desse receptor para se ligar à raiz do cabelo.
Mas, como já mencionamos anteriormente, esse é apenas um elemento dentro do processo de calvície. Portanto, sim, o lado da mãe importa, mas não é o único aspecto que determinará a evolução da calvície; o lado do pai também é importante.
Assim, é interessante termos uma ideia do nosso histórico familiar, pois isso nos ajuda a estimar o risco. No entanto, essa informação sozinha não garante nada. O mais importante é avaliar a manifestação e as características da evolução em cada paciente.
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Importante: antes de iniciar qualquer tratamento, procure avaliação médica.
Médico dermatologista. Londrina - Paraná
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