Olá sejam bem-vindos, seguimos com o segundo episódio da série, baseada no livro "Ação e Reação"
Psicografia de Francisco Cândido Xavier pelo Espírito André Luiz.
Playlist dos episódios anteriores
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Hoje trago uma história emocionante e repleta de sabedoria. Vamos mergulhar na narrativa de André Luiz, onde ele descreve uma experiência marcante em um ambiente espiritual, em companhia de outros aprendizes e de seu mentor, Druso.
O local onde chegamos era confortável e espaçoso, mas a assembleia que o ocupava tinha um ar triste e melancólico. Sob a luz de vários lampadários, podíamos ver, do largo estrado onde estávamos com o orientador, os rostos deformados de muitos dos presentes. Entre os assistentes, havia enfermeiros cujas posições espirituais eram evidentes pela simpatia com que encorajavam os sofredores. Calculei que havia cerca de duas centenas de enfermos à nossa frente, e mais de dois terços apresentavam deformidades faciais. Quem já visitou um sanatório de doenças de pele, observando os casos mais graves, pode imaginar a cena: um grupo de almas silenciosas e quase irreconhecíveis.
Notei a quietude quase total do ambiente e perguntei a Druso sobre a tempestade lá fora. Ele me informou que estávamos em um salão interior da cidadela, isolado por abafadores de som. Integrando a equipe dirigente, conhecemos os Assistentes Silas e Honório e a irmã Celestina, três dos principais assessores daquele lugar de socorro.
Não tivemos muito tempo para conversar, pois o orientador, após indicar um dos enfermos para proferir a oração de início, tomou a palavra e começou a falar com naturalidade, como se estivesse conversando com amigos:
"Irmãos, continuemos hoje nosso comentário sobre o bom ânimo. Não me vejam como alguém separado de vocês por virtudes que não possuo. Muitas vezes, a palavra bem colocada é um dever espinhoso, nos forçando à reflexão e disciplina. Sou aqui um companheiro à espera do retorno. A prisão redentora da carne nos chama de volta. O propósito da vida trabalha em nós e conosco, guiando-nos à perfeição. Quando agimos contra a Lei, criamos aflição e sofrimento para nós mesmos. Muitos de nós pensávamos que a morte seria o fim de nossos problemas, mas a viagem pelo sepulcro nos ensinou uma lição nova - estamos indissoluvelmente ligados às nossas próprias obras. Nossos atos tecem asas de libertação ou algemas de cativeiro, para nossa vitória ou nossa perda. A ninguém devemos nosso destino senão a nós mesmos. No entanto, se hoje estamos sob as ruínas de nossas realizações deploráveis, não estamos sem esperança. A sabedoria de nosso Pai Celeste não prescinde da justiça, que se revela com amor. Se somos vítimas de nós mesmos, somos igualmente beneficiários da Tolerância Divina, que nos abre os santuários da vida para expiar, restaurar e ressarcir. No passado, desperdiçamos o tempo, instilando nos outros sentimentos e pensamentos que não desejávamos para nós. Com essas atitudes, levantamos desarmonia e sofrimento em nosso prejuízo. O pretérito fala em nós, acumulando sobre nossas cabeças os frutos amargos da plantação que fizemos. Daí, os desajustes e enfermidades que nos assaltam a mente, desarticulando nossos veículos de manifestação. Admitíamos que a transição do sepulcro fosse uma lavagem miraculosa, liberando-nos o Espírito, mas ressuscitamos no corpo sutil de agora com os males que alimentamos em nosso ser. Nossas ligações com o passado continuam vivas. Laços de afetividade mal dirigida e cadeias de aversão nos aprisionam a companheiros encarnados e desencarnados, muitos deles em desequilíbrios mais graves e constringentes que os nossos. Nutrindo propósitos de regeneração e melhoria, somos hoje criaturas despertando entre o Inferno e a Terra, que se afinam profundamente um com o outro. Aspiramos à imersão na Vida Superior, mas ninguém pode avançar sem pagar suas dívidas. Como trilhar o caminho dos anjos com os pés amarrados aos erros do passado?..."
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