O velho pescador segue seu rumo ao mar
E ouve o canto da sereia em plena lua cheia
Iemanjá seu pranto me faz inspirar
Deitou seu amor pra nunca mais voltar
Transformou-se num rio em lágrimas de dor
E no ventre de mãe os seus filhos gerou
Nascendo de repente, Oxumaré, Xangô
E na flor do mar já se fez emergir
Vestida de amor e só pra mim sorrir
E o pescador irmão lhe pede pra guiar
Então porque viver e não viver no mar
Olodum, ô, ô, ô, Olodum
Me chama de amor, me chama de amor
Do mar...
Atlântida, atlântida
O elo que nos liga
São as águas de Iemanjá
Rainha e mãe,
como as Amazonas Tem o seu reino sob o mar
Faz emergir, faz emergir
Ideais de homens negros negreiros
Que um dia o mar tragou
De África,
Orixás e inquices
Aportam no cais de Salvador
Odoiá, Odoiá Poesia e religião
Olodum, Olodum Mitologia e canção
Pelourinho, Pelourinho Guetos, Sweto, Insurreição
Mandela, o negro
A luta e a libertação
Jogou sua rede
Oh pescador
Se encantou com a beleza
Deste lindo mar
É dois de fevereiro
É dia de Iemanjá
Levo-te oferendas
para lhe ofertar
E sem idolatria
o Olodum seguirá
É, como dizia Caymmi
Insigne o homem cantando a encantar
Minha jangada vai sair pro mar
Vou trabalhar
meu bem querer
Sei que o mar da história
é agitado
E o Olodum a onda que virá
Em forma de dilúvio vem
me despertar amor
Em forma de dilúvio vem
Exterminar
Com sequelas racistas
E trazendo ideais de amor e paz
Com sequelas racistas
E trazendo ideais
Oloxum, Inaê
Janaína
E mara, mara, mara,
marabô, caiala, sobá
Viaja ê
Se baila
Me leva Olodum em sua onda
que eu quero ir (viajar...) (pro mar...)
Viaja ê,
Se baila
Me leva Olodum em sua onda
Que eu quero ir
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