Conheça o robalo, é um peixe maravilhoso, tanto para pescar, quanto para comer.
Esse peixe estava com uma linha envolta do seu corpo, certamente furou alguma rede.
Saiba mais um pouco desse espécie de peixe:
Distribuição do Robalo-Peva
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O Camorim-corcunda, conhecido como Robalo-peva no sudeste e no sul do Brasil, (Centropomus parallelus (Poey, 1860)) é um peixe marinho, costeiro, de escamas, ósseo, da família Centropomidae. Ocorre em boa parte da costa oeste do Atlântico, principalmente desde a Golfo do México a Santa Catarina. Seu principal habitat são os estuários e os manguezais. Os adultos do Robalo-Peva podem alcançar em torno de 60 cm e pesar até 5 Kg.
Outros nomes comuns são: Robalo-Peba, Camurim-Apuá, Cambriaçu, Camurim-Branco, Camurim-Amarelo, Camurim-Peba, Camurim-Pena, Camurim-Tapa, Camuri, Cangoropeba e Robalinho (sendo o flecha o 'robalão') .[1]
Assim como as outras espécies do gênero, são importantes na subsistência de comunidades caiçaras e também bastante apreciados na pesca esportiva.
Descrição
Robalo-peva
O nome genérico Centropomus deriva do grego κέντρον (centro, "ferrão") e πώμα (tampa, plugue, opérculo), já que as espécies do gênero apresentam espinhos nos opérculos (mais precisamente no pré-opérculo[2]).
Robalo deriva do catalão Llobarro, pequeno lobo.
Espécimes de Robalo-peva apresentam cerca de 30 centímetros, mas há registros de espécimes com até 72 centímetros e 5 quilos.[3][4] Como outros robalos, o Peva tem cabeça grande com um focinho longo, abas e os olhos grandes posicionados lateralmente. Dentes villiformes. O corpo é castanho-amarelado a castanho-avermelhado. Tem um brilho prateado nos lados e na barriga e uma linha escura ao longo da linha lateral[5]
Caracteriza-se por um corpo alongado, comprimido, com o dorso convexo acentuado, e suave concavidade abaixo dos olhos, boca grande, dentes pequenos e aciculares nas maxilas, vômer e palatinos. A maxila inferior ultrapassa a superior, o pré-opérculo tem a margem superior serrada e o opérculo é liso, com a margem posterior membranosa bem desenvolvida. As nadadeiras dorsais são separadas, com a anterior formada por 8 espinhos e a posterior com 1 espinho e de 8 a 11 raios. A nadadeira anal é curta e formada por três espinhos (o segundo maior) e de 5 a 8 raios. As nadadeiras pélvicas estão localizadas abaixo das nadadeiras peitorais. Sua linha lateral, com 65 a 70 escamas ou 79 a 89 escamas quando contadas logo abaixo da linha lateral (onde são contadas as escamas para identificação da espécie), prolonga-se até a extremidade dos raios médios da nadadeira caudal. O ramo inferior do primeiro arco branquial tem de 10 a 12 rastros excluindo-se os rudimentos.
Distinção entre Robalo-peva e Robalo-flecha
O Robalo-peva assemelha-se ao Robalo-flecha, sendo diferenciado deste principalmente:
Comparação entre Robalo-flecha e Robalo-peva
pela altura (o peva é mais largo (o que justifica seu nome popular nos países de língua inglesa, Fat Snook));
pela cor da nadadeira caudal (escura no peva, amarela no flecha);
pela estrutura da nadadeira anal: no Peva, o segundo raio é maior que o terceiro, no Flecha, não;
pelo tamanho em geral, sendo menor que o flecha.
Estudos indicam, ainda, que o Robalo-flecha tolera maiores taxas de salinidade que o Peva.
Outras fatores diferenciam os Pevas dos Flechas, e também diferenciam esses dois das outras espécies do gênero. Somente no neurocrânio, os robalos possuem cerca de 15 ossos, e o formato de cada um desses ossos é diferente em cada espécie.
Habitat e comportamento
As espécies do gênero são eurihalinos (toleram grande variedade de salinidades) e podem, pois, ser encontrados em água doce, salobra e marinhas. O Robalo-peva passa a maior parte da vida nos manguezais, principalmente em meio às raízes de mangue, onde se esconde de predadores maiores ou se embosca para caçar. Pode ser encontrado vários quilômetros adentro dos rios. Os adultos são solitários e os juvenis podem viver em cardumes.
Robalo-peva, desenho.
Estuário
Migram para o oceano apenas em épocas de reprodução (catádromo), pois os espermatozoides só se tornam ativos em águas com alta salinidade. Apresentam desova parcelada sincrônica, podendo desovar mais de uma vez ao ano. São hermafroditas protândricos, ou seja, todos os alevinos nascem macho e, alguns, a maioria, se transformam, com cerca de 3 anos de idade, em fêmeas.[6] São peixes que defendem território, o que, muitas vezes, justifica o ataque a outros peixes. A dieta dos juvenis é composta principalmente de pequenos crustáceos, como camarão e corrupto. Já a dos adultos, principalmente por pequenos peixes, como lambari, manjuba e parati, além de camarão e siri.
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