Por Quanto Tempo Realizar a TRT? | Dr. Marco Túlio Cavalcanti Andrologista e Urologista (CRM: 136030 – RQE: 56669)
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Por Quanto Tempo Realizar a TRT? | Dr. Marco Túlio Cavalcanti Andrologista e Urologista (CRM: 136030 – RQE: 56669)
Como fazer terapia de reposição de testosterona?
A baixa da testosterona pode ocorrer mais frequentemente a partir dos 40 anos, e leva um homem a necessitar de uma reposição hormonal, porque quando essa substância está em níveis mais reduzidos pode trazer sintomas bastante desagradáveis.
A testosterona é o principal hormônio sexual masculino, quando está em níveis inferiores ao normal no organismo ocasiona:
Falta de desejo sexual;
Diminuição das ereções matinais e espontâneas;
Redução do volume ejaculatório;
Indisposição crônica;
Redução da massa muscular;
Aumento da circunferência abdominal:
Perda de memória;
Ondas de calor;
Disfunção erétil;
Disfunção endotelial;
Piora das taxas de açúcar no sangue;
Aumento de citocinas pró-inflamatórias;
Reduzir a fertilidade em jovens;
Aumento das taxas de mortalidade (aumento da incidência de derrames e infartos)
Ao manifestar esses sintomas, é mais do que necessário pensar em uma terapia de reposição de testosterona. Para isso, é necessário procurar um médico especialista.
De acordo com o perfil e a necessidade de cada paciente, o especialista pode prescrever o protocolo da terapia de reposição de testosterona por meio de injeções, pellets (chip de testosterona) ou aplicação de gel transdérmico.
Assim que começa a reposição hormonal masculina, o paciente sente, muito rapidamente, a reversão dos sintomas desagradáveis que vinha manifestando.
Há efeito colateral na TRT (terapia de reposição de testosterona)?
O aumento da viscosidade do sangue é um efeito até comum na terapia de reposição testosterona. Mas por que isso ocorre?
A testosterona estimula a formação de hemácias e hemoglobina, que correspondem à parte vermelha do sangue, e servem para o transporte do oxigênio na circulação sanguínea pelo corpo todo. Portanto, ter uma boa quantidade dessas duas substâncias no sangue é ótimo, porque vai proporcionar a oxigenação adequada dos tecidos. Inclusive, o aumento desse hematócrito é a reação contrária da anemia.
No entanto, existe um nível adequado para esse aumento, e no caso de ser ultrapassado, pode ser prejudicial, porque engrossa tanto o sangue que provoca o aumento do risco cardiovascular.
Existem diversos estudos científicos que estão sendo realizados para entender melhor qual é a dosagem ideal e os cuidados que devem ser tomados com a terapia de reposição hormonal testosterona.
Além disso, outros artigos científicos apontam que o aumento dos hematócritos acontece na reposição hormonal porque aumenta a eritropoetina, que é outro hormônio que estimula a formação de hemácias. Além disso, a testosterona tem ação direta na medula óssea, o que também estimula o aumento da produção das mesmas substâncias.
Quais são os níveis aceitáveis de hematócritos na TRT?
Os níveis dos hematócritos considerados normais ficam entre 38% a 52%, idealmente devem ficar abaixo dos 50%. Quando o paciente atinge um nível de 54% já revela um alerta, e pode ser necessária uma mudança de estratégia na terapia de reposição hormonal testosterona.
Muitas vezes, só com o exame físico, já é possível verificar o paciente com a pele avermelhada, com eritemas, o que já é um sinal clínico de que os níveis de hematócritos estão altos. Se o paciente faz reposição, ou até mesmo usa anabolizantes esteroides com testosterona, precisa buscar um médico.
Em geral, pacientes mais idosos são mais propensos a esse aumento de hematócritos, mas, independentemente de idade, os pacientes têm respostas diferentes à terapia e é preciso investigar.
Além disso, a dosagem da testosterona também pode favorecer o aumento dos hematócritos, ou seja, quanto maior a dose mais viscoso o sangue pode ficar. Normalmente, esses níveis mais altos podem surgir mais em quem adota a reposição com os injetáveis de curta duração, ou os de longa duração, quando o intervalo entre as doses é encurtado.
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