Com segredo de justiça negado, contrato de venda da SAF do Vasco para 777 é revelado;
Dois anos após a assinatura dos contratos que selaram a venda da SAF do Vasco para a 777 Partners, os documentos se tornaram públicos. Em ação ajuizada no Tribunal de Justiça de São Paulo, a juíza Melissa Bertolucci negou o pedido por segredo de justiça e possibilitou a abertura deles.
Obrigações financeiras
Apesar de não conter todas as cifras da sociedade entre Vasco e 777 Partners, pois esses estão contidos no contrato de investimento, o acordo de acionistas faz menção a valores quando é necessário tratar de regras e penalidades. Por isso há abertura de parte do panorama financeiro.
Ao comprar a SAF, a 777 se comprometeu a assumir as dívidas feitas pelo Club de Regatas Vasco da Gama, a associação civil, e a fazer aportes anuais na própria empresa. Esses números já eram públicos.
- até R$ 700 milhões em pagamento de dívidas;
- R$ 700 milhões em investimentos na SAF;
- até R$ 28 milhões em custos de estruturação da empresa e da transação (comissões de assessores).
Orçamento do futebol (folha salarial e compra de direitos federativos, masculino e feminino, categorias adulta e base):
R$ 360.000.000 na soma de 2022 e 2023;
R$ 250.000.000 ou 56% da receita anual (a considerar no máximo R$ 50 milhões em vendas de atletas) a cada ano em 2024, 2025 e 2026;
Um dos cinco maiores orçamentos do futebol brasileiro a partir de 2027 ou desempenho esportivo pré-determinado (mínimo sexto colocado do Brasileiro, classificação para Libertadores, ou campeão de Copa do Brasil, Libertadores ou Sul-Americana)
Havia limitações para o perfil de quem fosse comprar a SAF. Nem a associação do Vasco, nem a 777 poderiam vender participações para:
Clubes-empresas que fossem entidades esportivas no Brasil ou no exterior;
Pessoas que fossem controladoras, direta ou indiretamente, de entidades esportivas no Brasil;
Membros ou ex-membros (nos últimos três anos) da administração de clubes ou entidades esportivas do Rio de Janeiro.
Também existia restrições a outros grupos, citados explicitamente no contrato. Para concorrentes como Fenway Sports Group, City Football Group, Pacific Media Group, Red Bull e Eagle Football, o Vasco não poderia vender um percentual da SAF, enquanto a 777 fosse controladora.
Infraestrutura (obras de modernização e renovação de ambos os centros de treinamento e/ou aquisição e construção de outros):
R$ 25.000.000 até 30 de junho de 2024, no mínimo.
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