Como uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, a estátua de Zeus em Olímpia impressionava qualquer indivíduo que passasse pela região. Com mais de 12 metros de altura, o monumento ao deus grego Zeus era o centro das atenções de um templo dentro do Santuário de Olímpia, sendo cultuado pelo paganismo por 800 anos até ser completamente destruído.
Por esse motivo, a estátua — que era feita de ébano e diversas pedras preciosas — não existe mais hoje. Os historiadores ainda não sabem ao certo o que acarretou a destruição desses monumentos artísticos. Porém, existem uma série de teorias que tentam explicar a situação. Vamos tentar entender?
Construção da estátua
(Fonte: Wikimedia Commons)
Quando o novo templo de Zeus foi completado em 463 a.C., chegou a ser considerado um exemplo perfeito do ápice da arquitetura dórica. Os edifícios dóricos não tinham base, mas apresentavam colunas caneladas, eixos cônicos e um capitel simples. Ao todo, eram 13 colunas de comprimento e 6 colunas de largura.
Se o lado de fora do templo era mais extravagante que o normal, repleto de esculturas da mitologia grega, o lado de dentro era bastante simples. Essa disparidade entre as duas partes servia para que os visitantes não desviassem a atenção da estrela do show: a incrível estátua de Zeus.
Ela foi esculpida por Fídias, que também é o autor responsável pela estátua de Atena Partenos, antigamente localizada no Partenon de Atenas. Fídias havia sido recrutado por líderes da cidade-estado de Elis, que lhe pagaram o dinheiro restante da recém-vencida Guerra do Peloponeso.
A estátua de Zeus em Olímpia era uma escultura feita com placas de marfim e painéis de ouros colocados sobre uma estrutura de madeira. Esse era um estilo bastante apreciado pelos nobres na Antiga Grécia. Zeus, esculpido com uma barba magnífica, foi retratado sentado em seu trono real.
Em sua mão direita ele segurava uma figura da deusa Nice — a deusa sem asa que representava a vitória. Em sua esquerda, havia uma águia sentada sobre um cetro. O trono repousava sobre um pedestal de mármore preto de Elêusis de um metro de altura, e a escultura foi responsável por supervisionar os primeiros Jogos Olímpicos.
Por fim, uma piscina refletora rasa foi construída para manter o ambiente mais úmido a sua volta. O reflexo da estátua na água provavelmente fazia ela parecer ainda mais alta do que o normal.
Destruição da estátua
Com o passar do tempo, Fídias deixou de ser um escultor favorecido pelos políticos da época e terminou preso até sua morte em 430 a.C. Mesmo assim, essa não foi a razão pela qual a estátua de Zeus foi destruída. Por 800 anos, ela foi rotineiramente banhada em óleo para evitar que o marfim rachasse.
Porém, em 379 d.C., o Imperador Romano Teodósio I assumiu o controle da região. Por favorecer o cristianismo, o líder político e militar basicamente exigiu que toda prática pagã fosse interrompida em seus territórios. Isso incluía os Jogos Olímpicos e a homenagem aos deuses gregos, como Zeus.
Estima-se que a estátua de Zeus tenha sido movida para Constantinopla nessa época, onde um terremoto ou tsunami a destruiu em algum momento no século VI d.C. Entretanto, outras teorias afirmam que o templo teria pegado fogo após um ataque romano ao culto de deuses pagãos.
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