O ex-ajudante de ordens Mauro Cid afirmou, em delação premiada que fechou com a Polícia Federal, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu com a cúpula das Forças Armadas para discutir a possibilidade de uma intervenção militar para anular o resultado da eleição de 2022.
Segundo informações reveladas pelo UOL e confirmadas pelo Estadão, Bolsonaro recebeu do assessor Filipe Martins, de acordo com a delação, uma minuta de decreto para prender adversários e convocar novas eleições. Bolsonaro, segundo Cid, teria levado o documento para a alta cúpula das Forças Armadas, obtendo apoio do então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos. O restante do Alto Comando, no entanto, não teria aderido ao plano.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, estava preso desde maio, quando foi revelado um esquema de falsificação de carteiras de vacinação contra a covid-19. No entanto, no último dia 9, Cid foi liberado do Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, após sua delação premiada ser homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A investigação da PF ainda deve realizar diligências para verificar a veracidade das revelações feitas pelo delator.
Afinal, qual o potencial destrutivo dessa delação de Mauro Cid? Isso pode abalar as estruturas do bolsonarismo? No ‘Estadão Notícias’ de hoje, vamos conversar sobre o assunto com o Coordenador de Política do Estadão, em São Paulo, Ricardo Corrêa
Ещё видео!