Os doze militares do exército acusados matar um músico e um catador de lixo em abril, na zona norte do Rio de Janeiro, estão sendo ouvidos pela Justiça Militar. Eles teriam confundido o carro de uma família com o de assaltantes e disparado mais de 80 tiros contra o veículo. Seis prestaram depoimento nesta segunda-feira (16) e outros seis devem ser ouvidos na quarta-feira (17).
O julgamento começou por volta das 10h00. A pedido da defesa a Justiça determinou que os acusados não fossem filmados. Eles respondem por homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado e por não ter dado assistência às vítimas.
Doze militares do Exército são acusados de disparar mais de 80 tiros contra o carro de uma família em Guadalupe, zona norte do Rio, em abril deste ano. A ação resultou na morte do músico Evaldo dos Santos Rosa, de 51 anos, e do catador Luciano Macedo, de 27, que tentou fazer o socorro. Eles alegam que perseguiam traficantes em um carro roubado. Nove militares chegaram a ser presos, mas uma decisão da justiça permitiu que eles respondessem em liberdade.
O primeiro interrogatório durou cerca de três horas. O Tenente Italo da Silva Nunes afirmou que Luciano atirou contra a guarnição. Mas o Ministério Público Militar não acredita nessa versão. Os depoimento só devem terminar na quarta-feira (17). Os doze militares estão sendo ouvidos separadamente para que as versões sejam confrontadas. Após isso, será aberto um prazo para novas diligências. A defesa e o Ministério Público vão apresentar os documentos por escrito. A previsão é de que a sentença saia no primeiro semestre do ano que vem.
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