Os fortes protestos dos caminhoneiros estão completando um ano. 2015 foi marcado por fechamento de rodovias e pedidos de fora Dilma, mas nada mudou efetivamente.
Estamos começando 2016 com crise econômica e política, tal qual como em 2015. Inscreva-se no canal, curta os vídeos, compartilhe o conteúdo.
Pesquisa feita pelo Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômicos da NTC&Logística (DECOPE) com mais de 300 transportadoras revelou o que parece ser óbvio diante da crise econômica atual. Para 80% dos empresários ouvidos há uma piora na situação das empresas este ano em comparação ao ano passado. E mais: 84% dos pesquisados indicam queda nos negócios, devida, principalmente, à menor demanda e volume de carga, aumento dos custos e diminuição do frete.
O frete aliás, está defasado em 10,14%, conforme apontou a mesma pesquisa. Esta é a diferença entre os fretes praticados e os custos efetivos da atividade. Além precisar de rápido reajuste, ainda há um agravante: a pesquisa aponta que 79% dos entrevistados não recebem o frete em dia. O atraso dos pagamentos gera juros dos empréstimos ou das contas a pagar complicando ainda mais a contabilidade das empresas.
A defasagem no frete tem sua origem tanto no acúmulo das defasagens quanto na inflação dos insumos que compõem os custos. Combustível e mão de obra, os que mais pesam na conta, segundo os empresários.
Para os autônomos a situação é pior ainda.
No caso do diesel houve dois reajustes do litro do óleo que representaram 7,59% de aumento esse ano até agora. O dissídio dos funcionários, com 9% de aumento nos últimos 12 meses, e as despesas administrativas e de terminais, com 2,11% de aumento só em julho desse ano, foram os insumos que mais pesaram na atualização do índice, de acordo com a NTC&Logística.
Os números foram divulgados nesta quinta-feira durante reunião do Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado (CONET), realizada em Florianópolis (SC).
Diante deste cenário, o presidente NTC&Lotística José Hélio Fernandes, ressalta que o empresário precisa estar muito atento aos custos. “É importante lembrar que, quanto menor o volume de carga, maior o custo a ser diluído nesse fluxo”, diz.
