Existem dois campos de extrema importância nos conflitos militares modernos, e que são eficazmente dominados apenas pelas principais forças aéreas ao redor do mundo, e que são o sensoriamento remoto e a guerra eletrônica.
No caso do sensoriamento remoto é o conjunto de equipamentos militares que permitam a aquisição de informações como sons, imagens, dados, localização, etc sobre um determinado alvo em uma área de conflito.
Já a guerra eletrônica consiste no conjunto de técnicas, táticas, procedimentos e principalmente modernos equipamentos que permitam o uso do espectro eletromagnético ou de energia dirigida com o propósito de ataque ou contra-ataque a um inimigo.
Estas duas habilidades podem certamente decidir a vitória ou a derrota em batalhas, como por exemplo, estes são aspectos extremamente críticos e em grande parte invisíveis da guerra da Rússia contra a Ucrânia, onde os comandantes militares evitam discutir o assunto, temendo que comprometam as operações ao revelar segredos.
Esta guerra está sendo considerada um catalisador para a indústria de sensoriamento remoto da OTAN e da Rússia, desde satélites espaciais privados até aeronaves tripuladas e não tripuladas com equipamentos de sensoriamento remoto, tem tornado impossível esconder qualquer tipo de movimentação de tropas mesmo ao nível de apenas um batalhão, até mesmo bases subterrâneas da Ucrânia tem sido descobertas através de operações de sensoriamento remoto da Rússia.
A guerra eletrônica também vem moldando completamente este conflito, onde o simples ato de um soldado ligar um telefone celular, pode atrair uma chuva de mísseis e foguetes para a sua posição. Justamente porque a Rússia, é um dos países mais avançados do mundo quando o assunto é sensoriamento remoto e guerra eletrônica, e a Ucrânia também tem capacidades nesta área que foram fornecidas pelos seus aliados do Ocidente.
A tecnologia de guerra eletrônica visa sistemas de comunicação, navegação e orientação para localizar, cegar e enganar os radares inimigos, no que é chamado popularmente de jamming, que vem de Radar jamming and deception, ou bloqueio e engano de radar. É usada contra artilharia, caças, mísseis de cruzeiro, drones e muito mais. Os militares também o usam o jamming para proteger suas forças.
E diante deste cenário, em que o sensoriamento remoto e a guerra eletrônica adquiriram uma importância vital nos modernos conflitos armados, podemos dizer que a indústria aeronáutica brasileira, Embraer, produziu uma das melhores aeronaves de sensoriamento remoto e guerra eletrônica do mundo, a moderna e misteriosa aeronave R-99, cuja Força Aérea Brasileira introduziu o modelo em 2001 no serviço ativo, e é detentora de três aeronaves deste modelo, ela emprega um radar de abertura sintética, sistemas eletro-ópticos e câmeras infravermelhas combinadas, bem como um scanner multiespectral. A aeronave também possui inteligência de sinal e capacidades C3I, que são capacidades de comando, controle, comunicações e inteligência.
Esta aeronave é tão importante para a Força Aérea Brasileira, porque pode cortar as comunicações do inimigo, além de localizar postos de tiros de artilharia e mesmo aerodromos ocultos de onde estejam sendo lançados drones de ataque, e muito de suas capacidades de jamming são completamente secretas, com a Embraer e a FAB, jamais tendo mostrado ao público o interior de uma aeronave R-99. Estas capacidades de jamming ou guerra eletrônica, servem para o R-99 conseguir cegar os radares inimigos de outras aeronaves, ou radares de sistemas de artilharia antiaérea, radares de contra bateria de artilharia campanha, e etc.
O R-99 certamente é uma das melhores aeronaves do mundo para as missões de sensoriamento remoto e guerra eletrônica, e já provou isso em pelo menos duas operações reais, uma delas em uma missão secreta no Peru, que ajudou a localizar um acampamento com reféns do Sendero Luminoso, e a outra, nas buscas pelos destroços do voo 447 da Air France.
Saiba todos os detalhes do Embraer R-99 e destas missões neste vídeo.
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