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INVESTIMENTOS PARA PERÍODOS DE CRISE
As projeções para o crescimento da atividade em todos os cantos do mundo já foram reduzidas. O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou suas expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) mundial de 4,4% para 3,6% em 2022. Com este cenário de retração econômica e perpectivas negativas de crescimento, especialistas afirmam que é necessário proteger a carteira de investimentos.
No Brasil, onde os juros estão em patamares elevados (13,25% ao ano e com perspectivas de pelo menos mais um aumento de meio ponto percentual), essa proteção pode ser facilmente encontrada nos títulos de renda fixa, que passaram a oferecer maior rentabilidade com risco baixo. No entanto, alguns setores da Bolsa de Valores também acenam com perpectivas de proteção e ganhos, como os de energia elétrica e supermercados, por exemplo.
O que caracteriza uma crise econômica?
Antes de falar sobre os setores mais indicados para passar por momentos de aperto financeiro, é importante entender o que de fato caracteriza um período de crise econômica.
Leo Dutra, analista financeiro e especialista em mercado de opções, explica que uma crise é o "período no qual uma economia tem retração das suas atividades". E a régua para isso é o comportamento do PIB: se o que é produzido por um país em bens e serviços tem variação negativa em dois trimestres consecutivos, o cenário já pode ser caracterizado como uma crise.
"A crise é caracterizada por uma grande desestabilização, que gera uma conjuntura econômica indesejada. Em termos econômicos, ela é associada a recessões, que significa encolhimento do PIB. Aquilo que se convencionou chamar de crise, portanto, está atrelado ao nível de atividade propriamente dito. Inflação fora de controle claramente é um fator de desestabilização. Juros altos também podem ser, mas é necessário um conjunto de fatores indesejados para caracterizar uma crise."
Aumentos dos juros
Para conter a escalada dos preços, os bancos centrais elevam os juros - além do Brasil, nas últimas semanas Estados Unidos, Reino Unido, Suíça, Noruega e Austrália foram alguns dos países que adotaram posturas mais contracionistas na política monetária. No país norte-americano, por exemplo, o Federal Reserve (Fed, banco central) elevou a taxa de juros em 0,75 ponto percentual, a maior alta desde 1994.
Com uma pressão inflacionária persistente que corrói o poder de compra da população e a elevação dos juros, que torna torna o crédito mais caro, a consequência direta é uma desaceleração da demanda por diversos produtos e serviços, desaquecendo a atividade econômica.
As economistas da CM Capital destacam que "estamos atravessando um período complicado. Houve revisão para um menor crescimento em praticamente todas as grandes economias do mundo e a inflação elevada deixa os bancos centrais de mãos atadas, sem poder levar a cabo políticas expansionistas que ajudem a reverter esse cenário".
"Na verdade, boa parte da revisão de crescimento se deve justamente ao aperto monetário necessário para conter a inflação. Ainda não estamos atravessando uma crise, mas este cenário é mais provável a cada dia que passa."
Fatores de incerteza
Carla e Ariane pontuam, ainda, que há outros diversos motivos que podem levar a uma recessão da economia global. Os principais deles são:
• A guerra da Rússia contra a Ucrânia contribui para o PIB mais baixo das economias europeias;
• A política de tolerância zero contra covid-19 na China impacta negativamente o PIB dos países asiáticos;
• A política monetária contracionista para controlar a inflação nos Estados Unidos contribui para um menor crescimento por lá;
• Os juros elevados no Brasil devem desaquecer a demanda agregada interna de forma intensa no segundo semestre, levando a um PIB menor.
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