Integrantes do PT no Congresso têm criticado a atuação da ministra Marina Silva (Meio Ambiente) na crise das queimadas, destacando seu perfil mais simbólico do que executivo. Fontes ouvidas pelo jornal Folha de S.Paulo afirmam que a ministra tem se mostrado inoperante e que deveria ser mais prática nas ações.
Nas palavras de um parlamentar, Marina Silva deveria ser mais "executiva" e menos "acadêmica" sobre as queimadas. Outro deputado afirma que suas entrevistas são confusas e pouco efetivas. Um terceiro menciona que ela possui grandes ideias, mas carece de habilidades operacionais.
Parlamentares também apontam que o Congresso é amplamente contrário às pautas ambientalistas, das quais Marina Silva é uma das principais defensoras. A proposta de criação de uma autoridade climática, subordinada ao Meio Ambiente, tem gerado conflitos tanto no Congresso quanto dentro do próprio governo.
Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro Rui Costa (Casa Civil) manifestou discordância com o modelo proposto por Marina. Segundo ele, a proposta dificilmente será aprovada no Congresso, pois aumentaria o poder da ministra.
Uma sinalização clara dessa resistência foi a análise do organograma ministerial de Lula em 2023, quando o centrão transferiu estruturas como Cadastro Ambiental Rural (CAR) e Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) para outras pastas, esvaziando a pasta do Meio Ambiente.
Apesar das críticas, petistas reconhecem que a crise foi inesperada, mesmo com antigos alertas de especialistas. Marina e o presidente Lula admitiram que o governo federal, Estados e municípios não estavam preparados para enfrentar a situação.
Em 2024, o Brasil enfrenta a pior seca desde os anos 1950, com um aumento significativo das queimadas. Mesmo com o incremento orçamentário e estrutural, a resposta do governo não foi suficiente para lidar com o problema.
Revista Oeste
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