#rpsp #primeiroDeus - “Tal é, da parte de Deus, a sorte do homem perverso, tal a herança decretada por Deus” (v.29).
Como quem tapa os ouvidos à voz do aflito, assim foram os amigos de Jó. Nada do que ele dissesse em sua defesa era considerado e seus clamores eram ignorados. A necessidade de acusá-lo era maior do que o cenário que deveria comovê-los. Despedaçado pelo sofrimento, Jó foi julgado e condenado pelos argumentos daqueles que antes o contemplavam como o mais favorecido dos homens. Em sua cega concepção, a terrível condição de Jó não poderia ser outra coisa a não ser o juízo divino sobre o pecador impenitente.
O entendimento equivocado de que tudo aquilo havia sido provocado por Deus limitava a mente à verdadeira compreensão de Seu caráter. Mesmo conservada a esperança e a fé em seu Redentor, Jó também compartilhava da mesma concepção. A diferença é que ele mantinha em seu coração a certeza de sua sinceridade e integridade diante de Deus, e, desconhecendo ser o “palco” ambulante de um conflito superior, era consumido pela angústia diante do silêncio do Céu. Mas ainda que vituperadas todas as suas virtudes e corroído pela dor, nada pôde abalar o seu amor e confiança nAquele que conhecera em tempos de bonança.
Mesmo que tenhamos nas Escrituras nada mais do que pequenos vislumbres dos primeiros anos da vida de Cristo, é certo que este tempo oportuno foi aproveitado para promover-Lhe um caráter íntegro e santo mediante a intimidade com Seu Pai Celeste. Jesus enfrentaria um ministério de duras provas e perseguições. Não fosse o relacionamento estabelecido com o alto enquanto lidava com as simples atividades do cotidiano, e no deserto da tentação cairia subjugado. Mas nem o apetite nem coisa alguma neste mundo pôde subjugar Aquele que escolheu Se tornar semelhante a nós e nos deixar a certeza de que tudo podemos nAquele que nos fortalece (Fp.4:13).
Deus conclama o Seu povo a buscá-Lo em intimidade enquanto há paz. Porque se aproxima o “tempo de angústia qual nunca houve” (Dn.12:1), e não ficará em pé quem desperdiçou “o tempo sobremodo oportuno”. Não sabemos o que o futuro nos reserva, portanto, “eis, agora, o dia da salvação” (2Co.6:2). Renunciar as coisas que há no mundo, fechar os olhos para a maldade, apegar-se com profundo interesse à Palavra Inspirada, fazer da oração a constante confissão do íntimo, encher a vida de louvor, olhar para o próximo com compaixão, faz parte do aperfeiçoamento de caráter que o Senhor deseja realizar no meio do Seu povo, todos os dias, quer seja nas atividades corriqueiras ou em maiores empreendimentos.
Como Jó e como Jesus, que a comunhão diária com o Eterno seja o nosso jornadear. E quando este mundo for atingido pela tempestade final, estaremos bem seguros “à sombra do Onipotente” (Sl.91:1). Sejamos, pois, “imitadores daqueles que, pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas” (Hb.6:12). Vigiemos e oremos!
Feliz sábado, imitadores de Cristo!
Rosana Garcia Barros
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