Afinal, o que é música sacra?
A música sacra no contexto histórico-musical, em sentido restrito, é a música erudita das tradições religiosas judaico-cristãs. Mas num sentido amplo, descreve a música adequada para os cultos nas igrejas cristãs. Surgiu para atender a necessidade de existir um gênero musical específico para as igrejas com o objetivo de adoração a Deus. Em sua letra, arranjo e interpretação, a música sagrada deve ser diferente das músicas comerciais com as quais o mundo está habituado.
Muitas vezes, uma música é considerada “sacra” apenas pelo conteúdo de sua letra. Se a letra fala de Deus, então a música é “sacra”. Mas isso não é verdade. Não estamos falando de texto sacro ou poesia sacra. A música é a arte dos sons.
Assim, todos os seus elementos sonoros: a sua melodia, o seu ritmo e harmonia, entre outros, devem elevar a nossa mente a Deus, exaltando atributos divinos e favorecendo a expressão da adoração. E certamente, não são todas as melodias, ritmos ou sonoridades que cumprem esse papel. Música sacra não soa como música pop.
A música sacra revela duas qualidades distintivas. Em primeiro lugar, é saudável, para o intelecto e para o corpo. E também é moralmente saudável. O ser humano é a obra prima da criação de Deus. O Salmo 139:14 diz: “Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste”. Deus estaria feliz com uma música de adoração que excita, atordoa e desconcentra os que o adoram, ou cause qualquer prejuízo ao corpo humano? “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos”, conforme lemos em 1 Coríntios 6:19?
Em segundo lugar, a música que agrada a Deus é edificante para o caráter e, acima de tudo, espiritualmente edificante em seu conteúdo: letra e arranjo musical. A escolha da música que influencia a vida espiritual de uma congregação é uma responsabilidade muito grande.
Sacro é o mesmo que sagrado, ou separado para o propósito de prestar culto a Deus. Aquilo que é dEle e que é dedicado a Ele deve ter Sua característica – Santidade. Deus nos revela por meio de princípios bíblicos e do Espírito de Profecia, que a música que o agrada deve ser harmoniosa, suave, melodiosa (ver Ellen G. White, Evangelismo, p. 510), não ruidosa, em volume saudável à audição. Sem esforço físico. Executada com emoção e entendimento, sempre com predominância da razão. É com a mente que adoramos a Deus (ver Ellen G. White, Fundamentos da Educação Cristã, p. 425).
Atualmente, a música sacra em seu sentido mais amplo, isto é, música com letra e sonoridade apropriadas para os cultos cristãos, continua sendo produzida por diferentes denominações no Brasil e no mundo. Inclusive, a Igreja Adventista do Sétimo Dia apresenta exemplos interessantes de produções em música sacra feita por jovens.
Pense nisso!
Roteiro: Vários autores | Edição de vídeo: Daniel Azevedo | Intérpretes: Geraldo Alvim, Carla Cruz, Kelly Bezerra, Fabiana Mathias e Karyne Correia.
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