Durante um evento oficial nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aventou a possibilidade do governo criar um programa de subsídios para baratear produtos da chamada linha branca (geladeiras, freezers, lavadora de roupas, entre outros). Ainda durante o processo de votação da Medida Provisória que retomou o programa Minha Casa, Minha Vida, o setor tentou emplacar a disponibilização, custeada pelo Governo, de eletrodomésticos.
A lógica para justificar o projeto agora, segundo o setor, está no fato de que novos produtos lançados pela indústria têm maior eficiência energética. Depois de acumular 18 meses de queda nas vendas, o setor de eletroeletrônicos registrou um semestre de alta de 13% entre janeiro e junho deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022.
Caso o programa de subsídios de eletrodomésticos prospere, o Brasil deve observar uma invasão chinesa no setor. As gigantes, como Gree, Midea, Hisense e TCL, preparam uma ofensiva no mercado brasileiro, avaliado como de grande potencial de consumo para itens das linhas branca e marrom.
O grande número de habitantes no Brasil, e o potencial de demanda a ser explorado chamam muito a atenção dos chineses. A maior parte das fabricantes chinesas miram o mercado de televisores por conta do alto valor de faturamento do setor, que chega a ser duas vezes maior do que o de lavadoras.
Afinal, aumentar subsídios da linha branca é bom ou ruim para a economia do País? O Brasil tem espaço fiscal para abrigar essa política? Como lidar com a invasão chinesa no setor? No ‘Estadão Notícias’ de hoje, ouvimos o economista e professor de MBAs da FGV, Robson Gonçalves.
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