A eleição de domingo, na França, será quase uma formalidade. O centrista Emmanuel Macron vai ser eleito presidente para os próximos cinco anos. Não existe a mínima possibilidade de Marine Le Pen, a adversária dele, recuperar a diferença de 24 pontos que Macron abriu em cima dela. A representante da extrema-direita e da xenofobia ficará com 38 por cento dos votos. E o candidato centrista vai ficar com até 62 por cento. Essa previsão pode variar pouquinha coisa. Mas não é isso que vai definir quem terá todo o poder na França. Teremos eleições legislativas na primeira metade de junho. Ou melhor, serão 577 eleições, uma para cada distrito eleitoral. Serão os deputados da Assembleia Nacional. Ganha no primeiro turno quem recebeu 50 por cento dos votos. Caso contrário, o distrito irá para o segundo turno. Isso é importante, porque na França existe o parlamentarismo. O primeiro-ministro, que será escolhido por Macron, precisa representar a maioria dos deputados. Até agora, foi feita uma única pesquisa séria sobre essas novas eleições. Quem a fez foi o Instituto OpinionWay. O instituto prevê que o partido de Marine Le Pen, a Frente Nacional, elegerá apenas entre 15 e 25 deputados. É quase nada. E a extrema-esquerda, que deu no primeiro turno 19 por cento dos votos para Jean-Luc Mélenchon, elegeria somente entre 6 e 8 deputados. Os socialistas também podem derreter. Há cinco anos, eles elegeram 280 deputados. Ficariam agora com no máximo 42. É um resultado muito triste e ruim para a esquerda moderada. A direita tradicional elegeria pouco mais de 200 deputados, e o novo partido de Emmanuel Macron, o em frente, teria no mínimo 250. Se for esse o resultado, Macron ficaria com menos da metade dos deputados no plenário da Assembleia Nacional. Precisaria fazer alianças. Pode ser com a direita ou com a esquerda. Ninguém sabe ao certo. Mas isso já é uma outra história, que fica para uma outa vez. É assim que o mundo gira. Boa noite.
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