Já se perguntou sobre a voz que ecoa em sua mente? Aquela voz que narra seus pensamentos, questiona suas decisões, sussurra suas dúvidas e celebra suas vitórias? Pois bem, tenho uma revelação para você: essa voz não é algo que você ouve, é algo que você é.
Essa voz é a expressão mais pura de quem somos; é a manifestação de nossa subjetividade. Ela é o resultado de um diálogo social que aprendemos a internalizar e transformar em um monólogo interior.
Vale lembrar do trabalho do psicólogo Lev Vygotsky, que já falava sobre como esse processo é uma internalização do diálogo externo. Segundo ele, primeiro aprendemos a falar com os outros; depois invertemos esse eixo e incorporamos essa conversa como um diálogo interno.
É como se alucinássemos em nossa cabeça aquilo que acontece no mundo externo, e então o subtraímos e criamos um monólogo interior – que, por sua vez, se transforma na manifestação de nós mesmos, o "eu".
Quando nos encontramos em situações de estresse ou ansiedade, esse diálogo interno se intensifica. Nesses momentos, buscamos um referencial externo, como se precisássemos de um conselho de um amigo, de um pai ou de uma mãe. Mas, na verdade, estamos buscando a nós mesmos, tentando encontrar clareza em meio ao caos de nossos pensamentos.
Nem sempre essa voz se manifesta em palavras. Às vezes, ela é uma mistura de sensações, emoções, imagens e até mesmo sons. É como uma sinfonia composta por todas as experiências que vivemos, todas as pessoas que conhecemos e todas as coisas que aprendemos.
Então, da próxima vez que você se perguntar sobre a voz em sua cabeça, lembre-se: você não está ouvindo essa voz, você é essa voz. Você é a sinfonia, o maestro e até a música. E essa é a verdadeira natureza do "eu".
Este foi um dos muitos temas debatidos em minha participação no @FlowPodcast. Quer entender mais sobre o cérebro e essa “voz” interior? Assista a entrevista completa pelo link abaixo!
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