Jessé é a cara deslavada da sociologia racialista. Ele encontra no eleitor do Bolsonaro, o ressentido. Até aí tudo bem, ou quase. Como ele não sabe lidar com sentimentos em filosofia social, ele precisa estigmatizar, vestir com alguma pele e carne esse ressentido. Então, ele dá o salto ilegítimo no campo da pesquisa, ele passa a chamar esse ressentido de "preto evangélico" e "branco pobre". E os culpa pelas perdas da esquerda.
Enquanto esse estigma fica só na cabeça dele, como imaginação tola e fruto de preconceito que ele não percebe que o domina, isso é um problema dele. Mas à medida que ele começa a inocular esse vírus na política de esquerda, falando em vários canais, ele pode realmente criar nos militantes do PT e outros partidos um terrível efeito. Mas ele não fica nisso. Logo em seguida ele diz que se houver explicação para essas pessoas de que os assassinos estão na Faria Lima, então essas pessoas iriam lá matá-los. Aí, nessa hora, Jessé começa a se unir com Safatle, o rapaz que pede a "ruptura", e ambos trabalham para eliminar a política. Passam a adotar a definição do Pondé para a política: enganação e violência. Forma-se aí o triunvirato da estupidez: Pondé, Safatle e Jessé. Meu Deus!
Paulo Ghiraldelli

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