É para botar as mãos na cabeça e chorar. Armas químicas foram usadas hoje, mais uma vez, na guerra civil da Síria. Morreram ao menos 100 pessoas, entre adultos e crianças. É a informação da Defesa Civil. Eram sete da manhã, quando um caça de fabricação russa, e que pertence à ditadura de Bashar al-Assad, despejou essa porcaria sobre uma cidade de 75 mil habitantes, a noroeste do país. Duas horas depois, outro caça do governo bombardeou um hospital, onde parte dos 200 feridos estava sendo submetida a cuidados médicos. A França pediu a convocação de uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU. Mas é o tipo de reunião que não dá em nada. Isso porque a Rússia, que é aliada da ditadura de Al-Assad, tem poder de veto no conselho de segurança. A guerra civil começou em 2011 e já matou 320 mil pessoas. No meio delas, os Estados Unidos acreditam que cerca de 1.400 sírios morreram com armas químicas. Foi em 2013. Naquela época, um acordo entre a Rússia e a diplomacia americana permitiu que a síria entregasse 1.300 toneladas de armas químicas, que foram destruídas. Foi com esse acerto que o governo de Barack Obama prometeu não enviar combatentes para ajudar os rebeldes. Mas a combinação acabou não dando certo. A Síria voltou a fabricar as armas químicas, que são proibidas por convenções internacionais. O exército da ditadura usou essas armas mais três vezes, entre 2013 e 2014. E o Estado Islâmico, que também são canalhas, usou uma vez o gás mostarda contra civis. Já são seis anos de guerra civil. A ditadura de Al-Assad não tem mais nenhuma grande cidade sob o controle dos rebeldes. Mas o mapa da Síria continua parecendo uma colcha de retalhos. Há territórios em mãos das milícias curdas, outros sob controle dos rebeldes e ainda terras com o Estado Islâmico. A guerra civil ainda está longe de acabar. Ela já é, e quem diz são as Nações Unidas, a maior tragédia da humanidade depois da Segunda Guerra Mundial. É assim que o mundo gira. Boa noite.
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