A renúncia do Brasil em desenvolver armas nucleares pode ser vista como um erro estratégico que limitou sua capacidade de influência e segurança no cenário internacional. Em um mundo onde a dissuasão nuclear ainda é um dos principais pilares das relações de poder, a ausência de um programa nuclear próprio pode ser interpretada como uma fraqueza. Países que detêm armamentos nucleares muitas vezes gozam de um status elevado nas negociações internacionais e de maior proteção contra ameaças externas, o que poderia ser vantajoso para o Brasil, dada a sua posição geopolítica na América do Sul.
Além disso, a renúncia às armas nucleares pode ter desprovido o Brasil de uma ferramenta importante para garantir sua soberania e integridade territorial. Em um contexto global onde potências nucleares frequentemente exercem pressão sobre nações menores, a capacidade de se defender com um programa nuclear próprio poderia ter proporcionado ao Brasil um maior grau de autonomia em suas decisões políticas e militares. Isso é especialmente relevante em relação a países vizinhos e à dinâmica de segurança na região, onde a presença de potências nucleares, como os Estados Unidos e a Rússia, ainda exerce influência significativa.
Por fim, a escolha do Brasil em se comprometer com a não proliferação nuclear, embora louvável em termos de ética e responsabilidade global, pode ser considerada uma desvantagem estratégica. Em vez de se tornar um líder em desarmamento, o Brasil poderia ter utilizado a sua capacidade tecnológica e científica para desenvolver um programa nuclear pacífico que, ao mesmo tempo, assegurasse sua posição de destaque no cenário global. Ao não explorar esta possibilidade, o Brasil deixou de lado uma chance de moldar a ordem internacional de forma mais favorável a seus interesses, limitando sua capacidade de reação diante de crises e sua influência nas questões de segurança global.
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