Girão causa impacto em pronunciamento no Senado, apoia Rogério Marinho e destrincha 'desastre' de Pacheco
Durante a eleição para a presidência do Senado da República, o senador Eduardo Girão, em discurso histórico, defendeu os valores pelos quais se apresentou à disputa e ofereceu apoio à candidatura do senador Rogério Marinho, se isso puder promover a alternância de poder no Senado e resgatar a democracia no Brasil.
O senador apontou que esta é a eleição mais emblemática da história do Senado, com o povo mobilizado pelo restabelecimento da democracia e do estado de direito. O senador apontou que, ao conversar com cidadãos, constata “a acelerada degradação da imagem desta Casa, que está cada vez mais afastada do povo”. Ele questionou: “A que ponto chegou o nível de desmoralização do Senado?”.
Girão explicou que o baixíssimo nível de confiança no Senado, atestado em pesquisas, decorre da subserviência a outro poder, o que rompe a independência e harmonia preconizadas pela Constituição. O senador apontou que, apesar de abusos constantes de alguns ministros de cortes superiores, o senado não reagiu para restabelecer o estado de direito. Ele lembrou que o Senado é composto por 81 senadores, que precisam representar a população que os elegeu.
O senador Eduardo Girão disse: “estou convencido de que temos uma crise econômica, uma crise política, uma crise social, mas a mãe de todas as crises é a moral”. Ele afirmou: “aquele que sentar nesta cadeira deve ter a obrigação moral de fazer o Senado cumprir o seu dever constitucional (...), resgatando a plena democracia, que só existe com liberdade de expressão, de manifestação e pensamento”. Girão acrescentou: “não dá para assistir a jornalistas, cidadãos, empresários, religiosos, artistas e até parlamentares sendo censurados e perseguidos implacavelmente sem o devido processo legal, tendo suas redes sociais derrubadas, contas bancárias bloqueadas e passaportes retidos por expressarem sua opinião”.
Girão disse que o Senado não pode continuar sendo um puxadinho de outros poderes. Ele disse: “o compromisso desta Casa tem que ser com o Brasil e os brasileiros”. O senador reconheceu que “o jogo é bruto”, mencionando a ação direta de ministros do STF na eleição, assim como negociatas do governo federal, noticiadas abertamente por veículos da velha imprensa. Reafirmando a importância da eleição, Girão declarou apoio à candidatura de Marinho, para promover a alternância de poder.
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