A revolta de Bequimão ou Beckman no MARANHÃO | @mundodascienciashumanas
O Estado do Maranhão, no século XVII, passava por uma situação de
crise econômica, devido a região não ter as condições para produção
açucareira.
No entanto, desenvolveu-se a atividade pecuarista.
A população por ser maioria pobre não tinha condições de comprar
escravos negros para o trabalho.
Em substituição, escravizavam os índios.
Tal prática acabou gerando atrito com os jesuítas que não aceitavam que os gentis
fossem empregados como mão de obra escrava.
Devido a esta situação os jesuítas foram expulsos do Maranhão.
No entanto voltaram protegidos por uma lei do governo português que proibia a
escravização indígena.
No entanto para agradar os padres e aos colonos, a Coroa Portuguesa
criou em 1628, a Companhia de Comércio do Maranhão. Essa Companhia , que tinha o monopólio do comércio no Maranhão ,sendo responsável em enviar a região 600 escravos negros por ano e alimentos (azeite, bacalhau ,trigo, vinho, etc.) da Metrópole, e levar a produção maranhense para vender na Europa.
A companhia, então, não cumpriu o acordo. Trazia poucos escravos
negros e passou a vender para o maranhense produtos de baixa qualidade a
preços elevados. Além disso, falsificava os pesos e as medidas e pagava preços
muito baixos pelos produtos da terra. A população se revoltou contra tudo
isso. Manuel Beckman, rico fazendeiro, junto com seu irmão Tomás, chefiou um
movimento contra os abusos da Companhia de Comércio e dos jesuítas.
No dia 24 de fevereiro de 1684, Beckman e seus aliados
surpreenderam e aprisionaram o capitão-mor de São Luís, Baltazar Fernandes,
iniciando assim um movimento que ficou conhecido como Revolta de Beckman.
Assumindo o governo, Manuel Beckman expulsou os jesuítas e
extinguiu a Companhia de Comércio.No entanto Tomás Beckman foi a Portugal
para exigir o fim do monopólio da Companhia de Comércio, a expulsão
definitiva dos jesuítas e a liberação para escravizar índios, mas foi preso.
Portugal enviou ao Maranhão Gomes Freire da Andrade, como
governador, a fim de pacificar o Estado e punir os revoltosos. As autoridades
depostas por Beckman e seus aliados retornaram aos seus cargos e a
Companhia de Comércio voltou a funcionar.
Os líderes do movimento foram presos e julgados.Manuel Beckman
foi condenado à forca. Acreditando-se perdido, fugiu da prisão, indo refugiar-se
no engenho Vera Cruz,mas foi traído por seu afilhado Lázaro de Melo.
No dia 2 de novembro ,na praça do Armazém,foi enforcado.Suas
últimas palavras foram: “PELO POVO DO MARANHÃO ,MORRO
CONTENTE!”.
Com o restabelecimento da paz,Portugal ordenou a extinção da
Companhia de Comércio e os padres jesuítas retornaram a Portugal.
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