Você costuma tomar novalgina, neosaldina ou dorflex? E sabia que a dipirona é proibida no Reino Unido e em vários outros países?
Esse remédio contra a febre e dor está no mercado há mais de um século. Mas, nos anos 1970, surgiram alguns trabalhos sugerindo que ela estaria vinculada a uma diminuição da imunidade ao causar uma doença chamada agranulocitose.
Isso serviu de base para que a FDA, a agência regulatória americana, proibisse a dipirona por lá. Outros países, como Austrália, Japão, Reino Unido e partes da Europa fizeram o mesmo.
E aí fica pergunta: e no Brasil, porque a dipirona continua liberada?
No início dos anos 2000, cientistas de Brasil, Argentina e México se debruçaram sobre dados de 548 milhões de pessoas. Nesse universo, foram identificados só 52 casos de agranulocitose, que é considerado um evento extremamente raro.
Ainda no Brasil, em 2001 a Anvisa fez um painel sobre segurança da dipirona e concluiu que o remédio tem eficácia inquestionável e possui riscos parecidos, ou até menores, que outros analgésicos e antitérmicos.
Mas, claro, é importante ler atentamente a bula antes de tomar qualquer remédio -- e respeitar os limites de dose por dia, que no caso da dipirona ficam em torno de 4 gramas para maiores de 15 anos.
Outra coisa: a dipirona ajuda em casos agudos de dor. Quando o incômodo não vai embora, é importante consultar um médico, até porque existem tratamentos mais eficazes contra as dores crônicas
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