A cartilagem do joelho é o tecido que recobre como um colchão a superfície dos ossos, e funciona basicamente como um grande amortecedor, absorvendo o impacto e distribuindo-o de maneira uniforme, evitando-se assim o excesso de pressão concentrado em um único ponto da articulação.
Por não possuir irrigação, a cartilagem do joelho é considerada um tecido avascular, com poucas células e abundante matriz extracelular (tudo o que existe e está fora da célula).
A cartilagem do joelho possui 4 camadas e tem muita água em sua composição (hiperhidratada, variando de 66 a 80%). Os espessos feixes de fibras colágenas, principalmente o tipo II são dispostos de maneira paralela à superfície articular formando uma “pele”, servindo não somente como uma camada limitadora mas também para a distribuição de forças de compressão.
As fibras da camada basal (mais profunda) da cartilagem ficam perpendiculares à superfície e servem como âncora fixando a cartilagem ao osso. Nas zonas intermediárias as fibras se dispõem mais ao acaso. As fibras oblíquas resistem a forças de tensões.
Traumas agudos, como entorses e contusões do joelho, extremamente comuns em esportes de contato. Neste caso, pode haver um arrancamento de um pedaço de cartilagem, gerando as crateras. Estas lesões podem ou não estarem ligadas a lesões de outras estruturas como o ligamento cruzado anterior ou meniscos.
Um mecanismo muito comum que exige tratamento cirúrgico de urgência é quando a patela luxa (sai fora do seu trilho), arrancando um fragmento de osso e cartilagem (osteocondral) da porção lateral (externa) do côndilo femoral lateral.
Quando estas lesões focais na cartilagem do joelho ocorrem, temos a lesão da cartilagem propriamente dita, que também são chamadas de lesão condral ou lesão osteocondral da cartilagem do joelho.
Tradicionalmente, a técnica conhecida como técnica da micro-fratura tem como ideia básica a de retirar a cartilagem lesada e estimular a criação de um novo tecido através de raspagem óssea, que chamamos de cruentização, seguida da confecção de diversos pontos de perfuração com um instrumental que chamamos de “ice picking”.Com isso, espera-se que haja migração de células-tronco da medula óssea que se transforma em um tecido muito semelhante à cartilagem do joelho original denominada fibrocartilagem.
Nos últimos 10 anos, a técnica conhecida como membrana de colágeno ou AMIC do ingles, onde o defeito cartilaginoso mais extenso é também trabalhado, perfurado, e a seguir, uma membrana biológica (biomembrana ou scafold) é inserida e as bordas do defeito são costuradas, tampando-se o defeito da cartilagem do joelho. Acredita-se que assim haja formação de uma cartilagem o mais semelhante possível da original do joelho.
Neste vídeo, explico a diferença entre elas e quais as indicações para cada uma.
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Dr. Adriano Leonardi
CRM/SP 99.660
Médico ortopedista especialista em joelho pela Sociedade Brasileira de cirurgia do joelho (SBCJ).
Médico do Esporte pela Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME).
Membro da diretoria da Sociedade Paulista de Medicina Desportiva (SPAMDE) 2018-2020.
Fundador e ex-presidente da Associação Brasileira de medicina de áreas remotas e esporte de aventura (ABMAR).
Colunista e consultor em medicina do Esporte dos sites EU ATLETA e GLOBO ESPORTE
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