A dor crônica (DC) é uma das doenças mais incapacitantes e com maior custo da América do Norte, Europa e Austrália Entre os custos relacionados à DC temos que considerar os custos diretos e os indiretos. Os custos diretos incluem hospitalização, acompanhamento ambulatorial e equipamentos para melhora das atividades diárias. Entre os custos indiretos estão os benefícios sociais, benefícios por afastamento do trabalho, diminuição da produtividade, absenteísmo e aposentadoria prematura por incapacidade.Na Irlanda, o custo por ano foi de 34 bilhões de euros 52% em custos diretos e 48% em indiretos, correspondente a 3% do produto interno bruto (PIB). Resultados semelhantes foram observados na Suíça e nos Estados Unidos, neste a taxa superou os custos com doenças cardíacas, câncer e diabetes.
Estudos realizados em diferentes países mostram que a dor é responsável por grande aumento do absenteísmo, necessidade da mudança de função e desemprego. Na Espanha, 24,4% dos indivíduos com DC pediram licença medica no ano anterior, e 12% saíram ou foram dispensados de seu emprego. Os trabalhadores que mantiveram a atividade de trabalho apesar da dor apresentaram redução na produtividade de 21,5% na dor leve, 26% nos casos de dor moderada e 42,9% na dor severa (e neste caso as porcentagens foram progressivamente maiores). Outros estudos demonstram que absenteísmo, aposentadoria precoce e incapacidade representam um fardo tão grande quanto outras condições que convencionalmente são priorizadas em saúde pública. Entre as patologias responsáveis pelo maior número de atestados médicos, em primeiro lugar está a dor lombar seguida de dores reumáticas.
Esses dados refletem o impacto que a DC exerce na saúde pública do mundo, novamente, para existir um resultado diferente é preciso ter uma ação diferente!
Tratar a DC com repouso, anti- inflamatório e inibir o movimento não ajudam no tratamento apenas cronificam o processo!
O exercício tem potencial neuromodulador, estabiliza o humor, otimiza o sono, cria distrações, todos esses são pontos positivos no controle da sensação de dor.
Fonte: Tratado de dor musculoesquelética / Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; coordenadores Ricardo Kobayashi, Marcus Vinicius Malheiros Luzo, Moisés Cohen. – São Paulo, SP: Alef, 2019.
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