O general Michael Flynn ocupava um cargo muito importante na Casa Branca. Era o assessor de segurança nacional. Foi obrigado a se demitir ontem à noite. Isso porque escondeu coisas importantes que havia conversado, antes da posse de Donald Trump, com o embaixador russo em Washington. O general Flynn tinha sido exonerado por Barack Obama, em 2012, quando era chefe do serviço de inteligência do Exército. Passou para a reserva. No final de 2015, foi convidado a fazer conferências em Moscou. Recebeu dinheiro por isso. E foi fotografado ao lado de Vladimir Putin. Mas as relações entre a Rússia e os Estados Unidos já estavam, e ainda estão, num ponto muito baixo. Existem as sanções econômicas votadas nas Nações Unidas, porque os russos invadiram a Ucrânia, e anexaram a península da Crimeia. Eis que o governo russo se entusiasmou quando Donald Trump, na campanha eleitoral, criticava a União Europeia e a Otan, a aliança militar ocidental. Isso era música para os ouvidos de Putin. E a Rússia interferiu na campanha presidencial do ano passado. Ajudou a vazar os e-mails de Hillary Clinton, a adversária democrata de Trump. Mas uma coisa são operações informais. Outra coisa são as relações formais entre dois governos. O recém-demitido Michael Flynn ignorou essa diferença. Ele deu a entender, em telefonema ao embaixador russo, que Donald Trump, tão logo tomasse posse, abandonaria as sanções contra o governo dele. Flynn escondeu esse detalhe do vice-presidente Mike Pence, superior imediato dele. Vocês podem então me perguntar como é que essas coisas acontecem. Pois o governo Trump, que completa um mês na semana que vem, é uma bagunça, é uma máquina caótica. É a casa da mãe Joana. Todo mundo dá palpite em assunto de todo mundo. E o próprio Donald Trump acredita que, governar, é soltar frases de efeito pelo twitter, e transformar as cerimônias na Casa Branca em reality show. É coisa de amador. É coisa de incompetente. E assim que o mundo gira. Boa noite.
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