O ministério Público do Rio de Janeiro afirmou nesta quarta-feira (30) que o porteiro do condomínio Vivendas da Barra, onde o presidente Jair Bolsonaro tem casa, deu uma informação falsa ao dizer que viu o ex-policial militar Élcio Queiroz, suspeito de matar a vereadora Marielle Franco, pedir para ir à casa do presidente. A informação foi dada durante uma coletiva de imprensa.
Segundo o Ministério Público, o porteiro do condomínio onde moram o presidente Jair Bolsonaro e o ex-policial Roni Lessa mentiu. Apesar da planilha de controle de entrada e saída indicar que o outro suspeito do crime, Elcio Queiroz, havia informado que iria para a casa de Bolsonaro, as gravações do sistema de interfone mostram que quem autorizou a entrada no condomínio foi o próprio Roni Lessa.
A planilha de controle só chamou a atenção da investigação depois que foi encontrada no telefone bloqueado de Roni Lessa. Ela havia sido enviada por Elaine Lessa, esposa de Roni, em janeiro, quando o ex-policial foi intimado a depor na delegacia de homicídios. Em 5 de outubro, a planilha foi apreendida. Quando o MP constatou que havia uma referência à casa de Bolsonaro, os promotores procuraram o presidente do STF, Dias Toffoli, como determina a lei. Dias depois, o ministério público teve acesso às gravações.
As investigações apontam que o encontro no dia 14 de março aconteceu horas antes dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A planilha e a gravação reforçam que eles estiveram juntos, o que era negado pelos suspeitos.
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