Para o senso comum, homens e mulheres se comportam de formas diferentes devido ao dimorfismo sexual. Ou seja, a diferença biológica entre dois SEXOS determinaria os diferentes comportamentos e personalidades que desenvolvem (um tipo de determinismo biológico que costumamos chamar de sexismo! Para entender melhor o que é o determinismo biológico, leia a página 68 de seu livro didático). Segundo esta ideia muito difundida, o homem teria o comportamento racional e a propensão à dominação simplesmente por ter nascido homem; enquanto a mulher seria naturalmente mais afetuosa e irracional.
Mas será que esses comportamentos e personalidades são realmente naturais? Será que as diferenças sexuais entre homens e mulheres são suficientes para explicar os diferentes comportamentos e papéis sociais desempenhados por ambos? Será que podemos recorrer à biologia para explicar, por exemplo, as desigualdades salariais entre homens e mulheres o número cada vez maior de casos de violência doméstica?
As ciências sociais, por meio de seus estudos, demonstram que não. MARGARETH MEAD, antropóloga que conheceremos nesta videoaula, compara três sociedades diferentes e verifica que, entre elas, o temperamento de homens e mulheres podem variar de acordo com a cultura (ou seja, não é uma característica natural). Entre os Tchambuli, por exemplo, ela verificou uma diferença significativa em relação à maioria das sociedades ocidentais: enquanto as mulheres caçavam e tinham uma postura dominadora, os homens eram mais submissos e emocionalmente dependentes.
Estudos como o de Mead conseguem mostrar que boa parte dos comportamentos que diferenciam homens e mulheres são aprendidos durante processos de socialização diferentes. Por esse motivo, é comum que os sociólogos façam a distinção conceitual entre SEXO e GÊNERO. Sexo faz referência às diferenças anatômicas e fisiológicas que definem corpos masculinos e femininos. O gênero, por outro lado, diz respeito a noções culturalmente construídas de masculinidade e feminilidade (você certamente já ouviu frases como "homem não chora" ou "meninos usam azul e meninas usam rosa"!).
O capítulo 14 de seu livro didático (GÊNEROS, SEXUALIDADES E IDENTIDADES) traz uma boa discussão sobre este assunto. Por isso, minha dica de estudo para que entendam este conteúdo é que (1) assistam as videoaulas disponibilizadas e (2) façam uma leitura atenta do livro didático.
Deixem as dúvidas e obervações nos comentários para que eu possa dar suporte a vocês!
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Professor Marcos Henrique Amaral
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