Uma grave denúncia abalou o Brasil. O Ministério Público do Trabalho da Bahia está investigando um caso alarmante de maus-tratos, jornadas abusivas e agressões físicas contra operários chineses terceirizados na fábrica da BYD, localizada em Camaçari, Bahia.
As denúncias incluem jornadas de trabalho exaustivas, superiores a 12 horas, ausência de folgas e falta de equipamentos de proteção individual. As imagens chocantes mostram trabalhadores sendo agredidos fisicamente, saciando a sede em poças d’água e vivendo em condições desumanas.
Além da BYD, outras três empresas chinesas terceirizadas estão sob investigação: Jinjiang Group, AE Corp e Open Steel. Essas empresas foram responsáveis pela contratação e transporte dos trabalhadores diretamente da China para o Brasil.
O procurador Bernardo Guimarães, do MPT-BA, lidera o inquérito e já realizou uma inspeção na fábrica. Novas vistorias podem ocorrer em breve, e documentos como contratos de trabalho e planos de segurança foram requisitados para análise.
Em nota, a BYD afirmou que repudia as ações registradas e que já afastou os responsáveis pelas agressões. A empresa declarou estar comprometida com a correção dessas práticas.
A fábrica da BYD ocupa o antigo complexo da Ford, adquirido pela montadora chinesa em 2023. Apesar do potencial econômico, as denúncias lançam uma sombra sobre o início das operações no Brasil.
Esse caso expõe não apenas a vulnerabilidade dos trabalhadores migrantes, mas também a urgência de fiscalizar grandes empresas para garantir condições dignas de trabalho. Acompanhe nosso canal para mais atualizações sobre este caso.
