Você sabe para onde vai o lixo que você gera todos o dias? O Brasil, mesmo depois PNRS, ainda possui mais de três mil lixões e aterros irregulares. Isso gera pressão no sistema público de saúde, e mesmo, problemas do sistema educacional. Esse lixo que não é tratado acaba por liberar gás metano, que contribui para as mudanças climáticas. A gente é o que a gente consome e o que e como a gente descarta o nosso resíduo.

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Descrição do vídeo:
Um dos principais problemas da sociedade do consumo é o lixo. No Brasil, só em lixões ou aterros irregulares, a gente despeja 30 milhões de toneladas de resíduos por ano. Isso porque tem uma lei que disse que esses lixões tinham de acabar em 2014. Em pleno ano de 2017, o nosso país ainda tem quase 3 mil lixões ou aterros irregulares funcionando e recebendo diariamente um lixo que não é e não vai ser tratado.
É um lixo que vai impactar a saúde de pessoas que moram no entorno, que vai impactar o meio ambiente, que vai emitir gás metano que é 21 vezes pior que o co2 pra as mudanças climáticas.
O quanto de resíduo que é descartado diariamente poderia ser evitado? O quanto a gente desperdiça de alimento e um monte de outras coisas que vão parar no lixo?
E as sacolas plásticas? Mesmo que a maioria utilize as sacolas do supermercado pra descarte de lixo, é muito uso. No Brasil, são um milhão e meio de sacolas por HORA. No mundo são um BILHÃO e meio de sacolas por dia.
10% de todo o resíduo coletado nas cidades são de sacolas plásticas utilizadas uma única vez! Alias, quanto de plástico, que vem do petróleo, vai pro lixo em forma de embalagens que a gente descarta?
Sabe quanto tempo demora para o plástico se decompor na natureza? ATÉ 450 ANOS. Imagina daqui a uns 200 anos. O plástico que meu tataravô usava ainda não vai ter sido decomposto. Se bem que na época dele ainda não existia plástico.
Se a gente não mudar o nosso modelo de consumo, certamente o plástico que a gente descartou hoje vai estar no planeta quando nossos tataranetos estiverem dando um rolê por aqui.
E não é só a embalagem. É o produto em si. A gente não conserta mais as coisas. Agora que a gente usa televisão de LED, se a tela dá ruim, trocá-la é o preço de uma nova. E vai fazer o que com a velha? Vai jogar fora.
Esse ciclo é o que na engenharia chamam do berço ao túmulo. Extrai da natureza, manufatura, consome e descarta.
A média global de resíduo é 1,2kg por cabeça. Por dia. O Brasil está até abaixo da média mas tipo, as três principais cidades estão acima. E se levar em consideração que Rio e São Paulo são cidades muito grandes, o impacto da geração de resíduo é pesada.
Mesmo com muita geração de resíduos no planeta, tem um lance bem legal de países que já estão lacrando quando o assunto é sustentabilidade. A Suécia já recicla o lixo inteiro dela pra gerar energia.
A Argentina têm um trabalho super legal de mineração urbana. Sabe o que é isso? Eles pegam os resíduos eletrônicos e separam metais de valor, como ouro, prata, cobre. Só que aqui no Brasil a gente perde um monte de oportunidade porque a reciclagem é só de 3% dos resíduos gerados.
A gente desperdiça todos os anos um potencial de cerca de 8 bilhões de reais porque a gente não recicla quase nada.
Pensa no mercado que isso poderia gerar. A quantidade de empregos. E não falo do emprego de catador não. Falo de emprego qualificado. Quanto de imposto isso não poderia gerar para o governo?
Você sabe o que são os 3Rs? Reduzir, reutilizar, reciclar. Qual o primeiro R que eu falei? REDUZIR. É o mantra do consumo responsável. Reduzir a quantidade. Depois de reduzir, reutilizar as coisas. Descartar menos, utilizar por mais tempo, dar novas formas de uso, doar para quem vai continuar usando.
Só aí depois de reduzir o consumo e reutilizar o máximo que der, é que a gente pensa em reciclar o que for reciclável e fazer o descarte do que não for reciclável. Percebem a sutileza da sustentabilidade? Agora imagina essa mentalidade multiplicada por quase oito bilhões de pessoas?
Então, é assim que funciona a mente de uma pessoa sustentável. Nada de voto de pobreza, nada de alcançar o nirvana, nem ganhar o prêmio nobel da paz. De forma muito simples e até mesmo fácil, a gente tem como ser sustentável. E a quantidade e o tipo de lixo que a gente gera é o reflexo da nossa sustentabilidade.

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