O documentário “Células tronco: a chave da regeneração” foi produzido no Brasil no ano de 2011 e apresentado pelo canal de televisão Discovery Channel, dirigido por Marcello Bozzini e Rodrigo Astriz. O documentário relata a evolução das pesquisas na área de células tronco realizadas no Brasil, sobretudo aquelas que visam o tratamento e a cura de doenças e lesões humanas, além de estudos relacionados ao envelhecimento.
O início do documentário mostra uma pesquisa coordenada pela geneticista Mayana Zatz a respeito do potencial uso de células tronco para o tratamento de pessoas com distrofia muscular de Duchene. A geneticista fala dos experimentos realizados com camundongos e que estes apresentam resultados promissores, além disso fica clara a expectativa que a pesquisadora e pacientes têm de que se iniciem mais rápido possível os testes com seres humanos. É ainda apresentado um paciente portador de Duchene, que relata seu desejo de participar dos primeiros testes clínicos.
O segundo caso apresentado foi o da equipe de cardiologistas do Instituto do Coração de São Paulo, que relataram resultados satisfatórios do uso de células tronco no tratamento de obstruções crônicas das artérias do coração, embora ressaltem que os resultados são preliminares e a investigação científica deve continuar para conclusões mais precisas.
Na sequência, o documentário relata o caso de um velocista que sofreu um grave acidente automobilístico, cujo resultado foi uma lesão em sua coluna vertebral. Em função disso, o paciente perdeu parte dos movimentos do corpo e buscou tratamento na China, país que possui muitas pesquisas sobre o potencial uso de células tronco no tratamento de lesões. É então discutido a questão da ética na pesquisa clínica utilizando células tronco, uma vez que na ausência de estudos completos, não se sabe se estas células, uma vez injetadas em tecidos humanos, podem se diferenciar em linhagens diferentes daquelas de interesse do médico e do paciente. Neste ponto o documentário critica o obscurantismo de pesquisas desenvolvidas na China, que não são transparentes em seus métodos e costumam cobra para que doentes possam participar de ensaios clínicos, o que é antiético. Ademais, relata a dificuldade na manutenção dessas células em mantê-las com vida e sem defeitos genéticos e funcionais.
Então o documentário buscou mostrar avanços das células tronco no tratamento da cegueira. Para tanto, é relatado o sucesso que uma equipe médica do Instituto da Visão da Universidade de São Paulo apresentou por ter desenvolvido uma técnica inédita no mundo, que utiliza células tronco para regenerar a córnea de pacientes com quadros graves de cegueira.
A última pesquisa retratada apresentou os resultados alcançados pela equipe do Dr. Júlio Cesar Voltarelli, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, que combinou a quimioterapia com a aplicação das células tronco para a cura da diabetes tipo 1. Nestes ensaios, alguns pacientes tiveram resultado excepcional deixando de ser insulino dependentes, além de outros que, embora não tenham sido curados, conseguiram reduzir o uso desse hormônio.

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