O Vídeo é uma reflexão sobre esse momento de divisão entre os que querem quebrar a quarentena e os que desejam mantê-la. Um vídeo para pensar...
Nesse vídeo eu não tenho a pretenção de apontar a solução fácil para o problema que o Brasil está enfrentando.
Quero apenas trazer o entendimento do problema ético que a sociedade talvez não esteja compreendendo.
Para isso, vou ilustrar um experimento científico comportamental que foi feito por neurocientistas, baseando-se numa questão ética que filósofos e psicólogos chamam de:
O DILEMA DO BONDE.
O Dilema é o seguinte.
Imagina que um bonde desgovernado está indo em direção a um grupo de 5 pessoas amarradas nos trilhos.
Você tem em suas mãos uma alavanca que pode mudar o bonde para outro trilho, e no outro trilho existe uma pessoa amarrada.
Você puxaria a alavanca?
No experimento científico, 90% das pessoas puxariam a alavanca.
Num outro cenário, agora não existe mais uma alavanca.
E você está sobre uma ponte, e para evitar o desastre, tem que empurrar um desconhecido com as próprias mãos, que caindo no trilho, fará o trem parar antes de atingir as 5 pessoas.
Você empurraria?
No experimento comportamental científico, 50% das pessoas empurrariam enquanto que outros 50% não o fariam. A proximidade do fato alterou a escolha.
Os cientistas questionaram um terceiro cenário:
Agora, em cima da ponte está você e um parente próximo o qual você ama.
Para salvar as 5 pessoas nos trilhos, você empurraria a pessoa que ama?
90% das pessoas não empurrariam, enquanto que 10% sim.
E o que isso te a ver com a situação do Brasil nessa crise do Corona Vírus?
Imagine que nessa simulação o bonde seja o Desastre econômico que estar por chegar.
Que a pessoa com você na ponte sejam os velhinhos do grupo de risco que você não sabe quem são.
E que presos aos trilhos estejam a economia e as pessoas fora do grupo de risco.
Você empurraria?
Será que quem defende o fim da quarentena são aqueles que empurrariam o velhinho desconhecido?
Uma coisa é fato…
E a questão é a seguinte…
Se a curva de infectados continuar aumentando, na mesma velocidade.
Uma hora vai se tornar pessoal para todos nós.
Em cima da ponte estará o seu avô ou o meu pai e não mais um velhinho desconhecido qualquer.
Quis trazer essa reflexão, para que você saiba que não importa o que escolhamos fazer, se vamos quebrar a quarentena ou se ficaremos em casa.
Nossas escolhas terão consequências e teremos que saber viver com elas.
Pense nisso.
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