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Zygmunt Bauman - Modernidade líquida
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Nascido em 1925, Zygmunt Bauman é um sociólogo polonês de uma família judia que foi forçada a se mudar para a União Soviética em 1939, após a invasão nazista. Em 1971, estabeleceu-se na Inglaterra, onde foi professor emérito de sociologia na Universidade de Leeds até 1990. Morreu em 2017.
A modernidade
No final do século XIX, as sociedades começaram a se fundir ao redor dos centros urbanos, e a Europa Ocidental entrou numa fase conhecida como modernidade, caracterizada pela industrialização e pelo capitalismo.
De acordo com Zygmunt Bauman, as sociedades se afastaram da primeira fase da modernidade (que ele chamou de “modernidade sólida”) e agora se encontram num período da história chamado de “modernidade líquida”.
Esse novo período é, para ele, marcado pela inevitável incerteza e pela mudança, que afetam a sociedade em nível global, sistêmico, além do nível das experiências individuais.
O uso por Zygmunt Bauman do termo “líquido” é uma poderosa metáfora da vida contemporânea: ela é móvel, fluida, maleável, amorfa, sem um centro de gravidade e difícil de conter e predizer.
Em essência, a modernidade líquida é uma forma de vida que existe no contínuo e incessante remodelar do mundo moderno de maneiras imprevisíveis, incertas e bombardeadas por crescentes níveis de risco.
A modernidade liquida, para Zygmunt Bauman, é o atual estágio da ampla evolução da sociedade ocidental – bem como de todo o mundo. Assim como Karl Marx, Zygmunt Bauman acredita que a sociedade humana progride de um modo que implica que cada “novo” estágio se desenvolve a partir do estágio anterior. Assim, é necessário definir a modernidade sólida antes de podermos entender a modernidade líquida.
Conforme o próprio Zygmunt Bauman observa, tentativas de definir a modernidade líquida são quase um paradoxo porque o termo se refere a uma condição global caracterizada pela implacável mudança e por fluxos e incertezas. Porém, tendo identificado os traços da modernidade sólida, ele alega que é possível definir os aspectos mais importante da modernidade líquida.
No nível ideológico, a modernidade líquida mina o ideal iluminista, que diz que o conhecimento científico poderia melhorar os problemas naturais e sócias. Na modernidade líquida, a ciência, os especialistas, os acadêmicos e as autoridades políticas – antes as figuras supremas de autoridade na modernidade sólida – ocupam um status demasiadamente ambíguo como guardiões da verdade.
Os cientistas são vistos cada vez mais tanto como a causa dos problemas ambientais e sociopolíticos como a solução. Isso leva inevitavelmente, ao ceticismo e à apatia generalizada por parte do grande público.
A modernidade líquida minou as certezas dos indivíduos quanto ao emprego, à educação e ao bem-estar. Hoje muitos trabalhadores precisam ser retreinados ou até trocar de ocupação, às vezes repetidamente – a noção de “emprego para a vida toda”, típica da era da modernidade sólida, tornou-se irrealista e inalcançável.
A prática da “reengenharia”, ou o downsizing das firmas – um termo que Zygmunt Bauman tomou emprestado do sociólogo americano Richard Sennett -, tornou-se cada vez mais comum, já que capacita as empresas a continuar financeiramente competitivas no mercado global ao fazer uma redução significativa no custo da mão de obra.
Como parte desse processo, o trabalho estável e permanente – que caracterizava a modernidade sólida – tem sido substituído por contratos empregatícios temporários, usados sobre uma força de trabalho cada vez mais móvel. Intimamente relacionados a essa instabilidade ocupacional estão o inconstante papel e a natureza da educação.
Espera-se agora que os indivíduos continuem sua educação (quase sempre à própria custa) por toda sua carreira, de modo a se manterem atualizados com os desenvolvimentos de suas profissões, ou como forma de garantir que continuem “no mercado” caso sejam demitidos.
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PROF. ANDERSON
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O Prof. Anderson é licenciado em Filosofia com habilitação em Sociologia, advogado especializado em direito do trabalho e apaixonado pelas Ciências Humanas.
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