A China ativou com sucesso seu chamado “sol artificial”, um reator de fusão nuclear que pode alimentar suas ambições de energia nos próximos anos - se puderem torná-lo mais sustentável.

A Autoridade de Energia Atômica da China ligou seu reator HL-2M Tokamak pela primeira vez na sexta-feira, reportagem da mídia controlada pelo estado. O breve teste está sendo saudado como uma importante conquista científica em meio a um esforço global para desenvolver formas mais seguras e limpas de energia nuclear.

O desenvolvimento da energia de fusão nuclear não é apenas uma forma de resolver as necessidades estratégicas de energia da China, mas também tem grande significado para o futuro desenvolvimento sustentável da energia e da economia nacional da China.
O reator gera energia aplicando campos magnéticos poderosos a um circuito fechado de plasma quente, que pode atingir temperaturas de mais de 100 milhões de C. Isso é até 10 vezes mais quente que o núcleo do sol, mas ímãs e tecnologia de super-resfriamento o mantêm contido.
O dispositivo soa como algo que um supervilão poderia usar para dominar o mundo, mas a China tem trabalhado ao lado do projeto International Thermonuclear Experimental Reactor (ITER), uma coalizão de dezenas de nações movidas a energia nuclear. Seu objetivo é desenvolver uma forma confiável de fusão nuclear baseada no mesmo conceito.
A fusão é uma forma cobiçada e elusiva de tecnologia nuclear que os cientistas vêm tentando aperfeiçoar há décadas. A fusão gera energia ao fundir os núcleos dos átomos, sem gerar grandes quantidades de lixo nuclear. Isso é o oposto da fissão, o processo de divisão do átomo atualmente empregado por armas nucleares e usinas de energia. A fissão é mais fácil, mas gera lixo nuclear, enquanto a fusão é difícil de conseguir, mas é mais limpa de manter.

A fusão ainda é considerada proibitivamente cara, mas o teste da China deve ajudar os pesquisadores em sua busca por maneiras de reduzir esses custos.

O ITER está trabalhando em seu próprio reator na França, que deve ser concluído em 2025.

#SOLARTIFICIAL

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