Uma péssima notícia para o patrimônio da humanidade. Os trogloditas do Estado Islâmico cometeram mais um atentado contra a história. Destruíram 40 por cento das ruínas de Tal Ajaja, que fica na Síria, não muito longe da fronteira com o Iraque. Tal Ajaja era um sítio arqueológico que vinha sendo estudado há pelo menos 50 anos. Os terroristas infames tomaram a região em 2014. Acabam de ser expulsos. Quando os arqueólogos voltaram, encontraram túneis cavados na horizontal na encosta de uma montanha. Eram túneis para roubar e destuir riquezas que os séculos tinham enterrado. Era um legado da civilização dos Assírios. Tal Ajaja é um oásis no deserto da Mesopotâmia. Os tesouros arqueológicos de lá tinham de 4 mil a 5 mil anos. Lembrem-se que o Estado Islâmico já destruiu a cidade de Palmira. Ela também fica na Síria. Tinha templos com colunas, como aquelas que encontramos na Grécia. Em agosto do ano passado, um respeitável arqueólogo, de 80 anos, denunciou os terroristas pela destruição de um templo. Os terroristas o prenderam e o decapitaram. A Síria e a antiga Mesopotâmia sobreviveram a milênios de história. Mas agora não sobrevivem aos terroristas, que também roubam riquezas arqueológicas para vendê-las aos contrabandistas. O Estado Islâmico segue o exemplo odioso do Taleban, esse grupo de fanáticos que patrocinou o nascimento da Al Qaeda. Há 15 anos, no Afeganistão, vocês talvez se lembrem que esses bandidos destruíram duas imensas estátuas do Buda. Eram os Budas de Baniyan, esculpidas na rocha há 1.500 anos. Toda guerra acaba destruindo monumentos históricos. Na última Guerra Mundial, os alemães destruíram Roterdã, os aliados destruíram Dresden. Poderiam ter evitado. O risco está agora no Oriente Médio. Os monumentos ameaçados não pertencem aos países da região. Eles pertencem a mim, a vocês. Pertencem a toda a humanidade. É assim que o mundo gira. Boa noite.
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