Um relatório produzido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras, órgão de combate à lavagem de dinheiro, identificou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu 17,2 milhões de reais em transferências via Pix neste ano. O valor é oito vezes maior que o total de bens que o ex-capitão disse ter acumulado em toda sua vida, na declaração de bens feita ao TSE no ano passado. De acordo com o Coaf, as transações financeiras consideradas "atípicas" estariam relacionadas à campanha de doações organizada por aliados de Bolsonaro com objetivo de quitar multas impostas a ele ao longo dos últimos anos.
Entre os destaques do documento ainda estão depósitos feitos a Wal do Açaí, apontada pelo MPF como funcionária fantasma de Bolsonaro por mais de 15 anos, à ex-primeira dama Michelle Bolsonaro e a uma lotérica aberta em 2000, cujos donos são familiares do ex-presidente.
Para comentar os achados do Coaf nas contas de Bolsonaro, o Direto da Redação desta sexta-feira 28 conta com a apresentação dos repórteres Marina Verenicz e Wendal Carmo.
Veja também: Coaf vê movimentação atípica nas contas de empresa investigada por financiar despesas pessoais de Michelle Bolsonaro. Documentos da Abin e do GSI com projeções sobre aumento de contaminações e mortes durante a pandemia de covid-19 foram ignorados e mantidos sob sigilo por Bolsonaro. E mais: aprovação do governo Lula avança nos indecisos, sobe 4,4 pontos e chega a 43% em julho, mostra pesquisa da Futura Inteligência.
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