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Já faz algum tempo vimos observando em nossos consultórios e no trabalho institucional, novos problemáticas subjetivas: retrações severas, condutas e pensamentos impulsivos, formas estranhas de pensar, dificuldades em entender ou perceber emoções.
Há algum tempo também, a psicanálise vem se questionando se a teoria existente é suficiente, com os modelos freudianos ou pós-freudianos mais ou menos adaptados, ou se é necessário revisitar os conceitos e gerar novas ferramentas conceituais para entender uma clínica que excede o marco psicopatológico hegemônico. A proposta deste curso é colocar para trabalhar conceitos que nos permitam expandir o campo clínico, para renovar o olhar e estimular a imaginação e o pensamento clínico.
Vamos trabalhar com conceitos que nos permitam compreender os processos psíquicos que desabrocham na nossa frente e que ampliam o pensamento do analista, que é nossa ferramenta de diagnóstico e intervenção.Tentaremos sair de um pensamento classificador que estabelece e define estruturas fixas, para ativar um pensamento de processos complexos, que se envolvem profundamente no campo clínico e nos orientam no setting, em seu modo de função enquadrante do analista, partir do que propõe André Green.
A atividade de pensamento do analista permitirá entender, em função do encontro entre os processos psíquicos divergentes e convergentes dos protagonistas do campo clínico, as modalidades e caraterísticas de nossos pacientes.
Propomos revisitar diferentes conceitos e articulá-los, orientando-nos nas diferentes dimensões clínicas do diagnóstico e tratamento.
Programa:
1 - Pensar a imaginação do analista e os processos de figurabilidade no enquadramento:
Vários autores dentro da psicanálise coincidem em pôr a ênfase na atividade da imaginação como eixo fundamental na complexificação do aparelho psíquico. Imaginação que é criadora de objeto e articula o trabalho do negativo ao serviço da vida. Esta atividade criativa que se produz no intercâmbio intersubjetivo com o analista produz uma atividade intrapsíquica fundamental no trabalho da simbolização.
2 - Pensar o tempo e suas figuras clínicas, heterocronia, e tempo fragmentado:
O fort-da, a repetição, a articulação do espaço e o tempo, o dormir e sonhar, a verdade histórica e a árvore do tempo, dentre outras figuras. Este eixo articula de modo muito singular a teoria e a clínica e nos permite entender conceitos básicos atravessados pelas diferentes perspectivas da heterocronia ou as formas heterogêneas do tempo.
3 - Fronteiras:
Limites do enquadramento e limites do pensamento. O continente e as membranas psíquicas se constituem no encontro com o outro, mas, também constituem o enquadramento que sustenta e articula os processos representativos. Haveremos de conceitualizar este eixo pensando na função enquadrante do analista e a articulação do limite interno com os limites intersubjetivos.
4 - Processos clínicos: o movimento e a transformação no olhar clínico:
Trabalharemos as diferentes modalidades subjetivas que constroem um diagnóstico como um processo, cuja perspectiva de transformação pode ser proposta, e pensaremos as dimensões intersubjetivas e intrapsíquicas implicadas em sua dinâmica.
Convidamos você a percorrer conosco este caminho, por uma teoria e técnica sintonizadas com o momento atual, com abertura à complexidade e à criatividade.
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