Ariano Suassuna - O mundo do sertão
Diante de mim, as malhas amarelas
do mundo, Onça castanha e destemida.
No campo rubro, a Asma azul da vida
à cruz do Azul, o Mal se desmantela.
Mas a Prata sem sol destas moedas
perturba a Cruz e as Rosas mal perdidas;
e a Marca negra esquerda inesquecida
corta a Prata das folhas e fivelas.
E enquanto o Fogo clama a Pedra rija,
que até o fim, serei desnorteado,
que até no Pardo o cego desespera,
o Cavalo castanho, na cornija,
tenha alçar-se, nas asas, ao Sagrado,
ladrando entre as Esfinges e a Pantera.
Ariano Suassuna - O mundo do sertão - Leitor da noite
Теги
literaturaliteraruta clássicaleitura poéticapara ouvirpoesiapoemaBrasilbrazilian portugueserecitando poesialiteratura nacionallivroprosaletrasamorcanal literárioler antes de morrerromantismoliteratura de terrorcontosAmérica LatinaMachado De AssisManuel BandeiraClarice LispectorAriano SuassunaCecília MeirelesÁlvares De AzevedoCora CoralinaCaio Fernando AbreuFlorbela EspancaOlavo BilacGonçalves DiasCastro Alvessertãoasmr