As Moças
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Esta canção nasceu de um aspecto muito presente em minha vida, desde minhas memórias mais antigas: o fato de feminino ser e estar presente na vida de pessoas com outros para além de aparências e/ou senso-comum – o feminino como forma de ser, estar e sentir o outro e o mundo; o feminino como direito, necessidade.
Por conta disso, cruzei com gente muito especial: na família, no trabalho, na música, na noite, na cidade, na luta, etc...
Assim, como já aconteceu comigo em outras composições, fiquei com uma frase-ideia na cabeça. Os anos se passaram, experiências se acumularam e floresceram, e, como num passe de mágica, vem a música (letra e melodia) com um pouco do que estas pessoas e suas vidas – nossos encontros e desencontros – têm me ensinado.
Gratidão às “Moças do Meu Tempo”...
As Moças
(Abel Luiz)
As moças do meu tempo são bonitas.
Tão bonitas...
Elas são demais!
São bonitas
As delicadezas e desilusões.
São bonitas
As inconsequências e inspirações
São bonitas
Tão bonitas...
Elas são demais!!!
Espelhar a dor
Que não se quer contar
Rebrilhar o amor
Que vem do seu lugar
Seja como for
Ou quem quiser
Seja de verdade
Basta uma mulher
