Especialistas falam das causas, da prevenção e do combate à doença
O maior surto brasileiro de febre amarela dos últimos 37 anos é tema do Diálogo Brasil. Para falar sobre o avanço da doença - que registra, em média, cinco novos casos e quase duas mortes por dia no país, desde janeiro -, o programa da TV Brasil entrevista o especialista em doenças tropicais e professor de medicina da Universidade de Brasília (UnB) Pedro Luiz Tauil e o sanitarista e assessor da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Cláudio Maierovitch.
Ambos alertam para a importância da vigilância da cobertura vacinal, em especial nas áreas de risco. Pedro Tauil observa que as pessoas mais vulneráveis, residentes na zona rural e em áreas silvestres, às vezes não se deslocam até as cidades para tomar a vacina. “Não podemos impedir o vírus em macacos, mas podemos impedir em humanos”, acrescenta. Cláudio Maierovitch destaca que, no caso da febre amarela, a vacina é a principal arma. Nesse sentido, os dois especialistas consideram parte da solução a proposta do Ministério da Saúde de ampliar a vacinação das crianças para além das áreas de risco.
Também participam do programa, com gravações em vídeo, o epidemiologista André Ricardo Ribas Freitas, da Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses; Marcia Chame, coordenadora da Plataforma Institucional de Biodiversidade e Saúde Silvestre da Fiocruz; e Rodolfo Navarro Nunes, coordenador de Saúde do Viajante, da Anvisa. Rodolfo explica a nova exigência de alguns países para receber brasileiros: a apresentação do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) com registro da dose contra a febre amarela.
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