Em sua última aparições públicas antes de ser preso em 2018, Lula, do alto de um carro de som no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, resolveu começar seu discurso citando Guilherme Boulos, na época coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto e pré-candidato à Presidência pelo Psol.
O líder do PT fez deferências ao psolista e traçou um paralelo entre a trejetória do líder dos sem-teto nos movimento sociais e a seu passado como líder sindical. A prisão de Lula havia aberto horizontes para a ascensão de novas lideranças na esquerda.
Boulos terminou o pleito de 2018 com 0,58% dos votos válidos. Mas, apesar do resultado, a campanha lhe rendeu alguns frutos. Com a visibilidade conquistada, ele chegou ao segundo turno na eleição para Prefeitura de São Paulo em 2020 e foi eleito deputado federal mais votado do estado em 2022. Agora, ele tenta, pela segunda vez, vencer a corrida pelo comando da capital paulista.
Mas quem é o candidato do Psol à Prefeitura de São Paulo? Como ele chegou até aqui? E de que forma Guilherme Boulos conseguiu atrair o PT para sua coligação e unificar a esquerda paulistana em torno de seu nome?
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