Até junho de 1940, a Alemanha nazista já tinha atacado a Noruega e a Dinamarca,
invadido a Bélgica e a Holanda, atravessado a Linha Maginot e ocupado Paris.
A França estava dividida em duas: ao norte da linha de demarcação estava a zona
ocupada pela Alemanha, e ao sul estava a área liderada por Marechal Pétain,
cuja sede do governo era na cidade central de Vichy. O regime de Vichy muito
rapidamente - em outubro de 1940 e sem pressão alemã - aprovou as primeiras
leis sobre os judeus. Com a primeira lei, prefeitos da região sul tinham o
direito de prender judeus estrangeiros e refugiados em acampamentos, para os
quais o regime nazista deportava judeus da Renânia e da Vestfália.
O ministro do exterior alemão tinha inicialmente planejado deportar judeus
alemães para Madagascar, e Heydrich instruiu Eichmann a desenvolver um plano,
mas esta ideia foi rapidamente abandonada. Depois da capitulação francesa,
propagandas nazistas em que judeus eram comparados a ratos eram veiculadas em
todos os cinemas do continente, da Polônia até o Canal da Mancha, da Noruega
até a Itália. A Grã-Bretanha de Winston Churchill estava firme. Para o Terceiro
Reich, os territórios a serem conquistados estavam ao leste, na URSS, que era
sua aliada desde o pacto de Ribbentrop-Molotov em 1939. De acordo com os planos
alemães, Moscou cairia em questão de semanas, e os judeus seriam deportados para
a Sibéria. Para Hitler, era uma guerra ideológica. Em 21 de junho de 1941,
exércitos alemães entram em solo soviético, através dos Países Bálticos e
pela Ucrânia. Uma série de pogroms aconteceu, como em Kaunas em julho de 1941.
E os Einsatzgruppen, que em 1939 tinham eliminado as elites polonesas, foram
enviados para caçar judeus e comunistas no início da Wehrmacht, que avançava
com força total. As terras conquistadas caíam sob as forças nazistas de início,
e homens judeus com idade entre 16 e 40 anos eram baleados. Nos dias 29 e 30 de
setembro de 1941, eles metodicamente atiraram em 33.000 homens, mulheres e
crianças em Babi Yar, perto de Kiev.
