Já fiz várias injeções intravítreas e o edema macular sempre volta, o que pode ser feito? No vídeo de hoje, o Dr. Mário Bulla, médico oftalmologista, especialista em retina, vai falar sobre este problema que afeta muito os diabéticos que é a presença do edema macular, o edema macular faz parte da retinopatia diabética e significa que a nossa mácula que é o centro da visão, o
centro da retina, está ficando inchado, está ficando com excesso de líquido e o
edema macular é a principal causa de piora de visão nos pacientes diabéticos, é claro que a
visão pode piorar por outros motivos como por exemplo uma hemorragia vitrea
ou então até um descolamento tradicional da retina, mas realmente a causa mais
comum de visão ruim em pacientes diabéticos é a presença do edema macular
o edema macular é uma entidade que tinha um tratamento muito difícil algumas
décadas atrás porque a única arma disponível para tratamento da
retinopatia diabética era a realização fotocoagulação a laser e apesar do
laser realmente ter uma efetividade relativamente boa na retinopatia
proliferativa que é aquela onde começam a crescer neovasos na retina que podem
sangrar e descolar a retina para o edema macular o laser em grande parte dos
casos não é muito efetivo a não ser alguns casos de edema macular focal onde
nós conseguimos detectar exatamente qual o microaneurisma que está vazando
líquido onde realmente aí o laser pode ser benéfico mas em casos principalmente
quando existe um edema mais difuso a realização do laser não trazia um
resultado muito bom, então há cerca de 15 anos, mais ou menos, começaram a ser
realizadas as injeções intravitras de antiangiogênico, que é uma medicação
que se liga a receptores específicos da circulação da retina e faz melhorar não
apenas o edema macular, mas também a proliferação de neovasos na retina e é
utilizado não apenas em pacientes que têm retinopatia diabética, mas também em
casos de degeneração macular exsudativa, casos de edema macular por oclusão
venosa e também membranas neovasculares de outras causas e no caso
específico então do edema macular diabético as injeções entrevítreas de
antiangiogênico conseguem melhorar a visão do paciente e estabilizar o quadro
em uma grande parte dos casos, mas é claro infelizmente existem alguns
pacientes que não respondem muito bem ao tratamento e atualmente nós temos dois
medicamentos que são os mais utilizados que são o Lucentis e o Eylia e também uma
outra alternativa que é o Avastin e emcasos onde estas medicações falham
existe também o Ozurdex que é um implante de liberação lenta de
dexametasona que é um corticoide que vai sendo liberado durante quatro meses
dentro do olho e seguidamente alguns casos que estão sendo muito resistentes
ao tratamento com os antiogênicos apresentam uma boa resposta ao Ozurdex,
mas hoje eu estou não é uma coisa tão rara, é claro que nós gostaríamos que os
intervalos entre as injeções fossem cada vez maiores e isso acontece em uma
grande parte dos pacientes, atualmente nós utilizamos muito para o tratamento
um protocolo chamado tratar e estender no qual nós iniciamos as injeções
fazendo três injeções mensais de antiangiogênico e se o paciente
apresenta um bom resultado nós vamos aumentando cada vez mais este intervalo
e tentando após uns três, quatro meses de intervalo, se o edema não voltar, parar o
tratamento, é claro, sempre monitorando de perto para observar a resposta do
organismo do paciente, esta resposta é muito variável, há pacientes
que respondem muito bem já na primeira injeção, há pacientes que requerem mais do que
três injeções para apresentar alguma resposta mas este quadro de recidiva ou
seja de volta do edema é uma coisa relativamente comum e é importante
destacar que existem alguns estudos mostrando que o controle da diabetes é
importante no resultado do tratamento é claro que nós não vamos contra-indicar o
tratamento com antiogênico se o diabetes não estiver bem controlada mas nós
sabemos que, se a glicemia estiver bemcontrolada a resposta ao tratamento será
melhor então neste tipo de situação é sempre bom avaliar se o paciente não
está com a diabetes muito descontrolada também é interessante avaliar a
periferia da retina talvez com um exame de angiografia para ver se não existe.
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Este vídeo bem como seus comentários não substituem a consulta médica e tem apenas finalidade educativa, não devendo ser utilizados para tomada de decisões, sendo necessária para isto a consulta presencial com o médico especialista.
Autor:
Dr. Mário César Bulla
Cremers 28120
Médico Oftalmologista - Retinólogo
www.clinicabulla.com.br
www.especialistaemretina.com.br
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